CONFISSÃO DE UM... COBARDEEsta minha confissãoQu’ aqui deixo com alardeNão tem direito a perdão,Pois sou um triste cobarde!A coisa par’cia pretaPois p’ra rimar com magia,Como poeta da treta,Eu só encontrei... bom dia.Assim nasceu, pois, o títuloDuma crónica foleira,Que mostrou ser um capítuloOnd’ escrevi muit’ asneira.Não foi, porém, minha culpa,Nem sequer foi “overdose”.Acreditei, “mea culpa”,No que diss’ o Meia Dose.Fiz, pois, papel de palhaço,A verdade é nua e crua,Quis fazer estardalhaço,Agora nem saio à rua.Mais valia estar caladoDo que armar-me em Rui Pinto,Pois fiquei bem entaladoE só me chamam... Rui Minto!
segunda-feira, junho 29, 2020
O POEMA
segunda-feira, junho 22, 2020
E O JN JÁ ESTAVA ESGOTADO!...
sexta-feira, junho 19, 2020
quarta-feira, junho 17, 2020
DESFAÇATEZ, FALTA DE ÉTICA E “LAPSUS LINGUAE” PARCIAL DE LUÍS DE MATOS
No passado dia 13 de Junho, Luís de Matos (LM) foi entrevistado para o programa N’AGENDA do Porto Canal a propósito da “sua” mais recente criação: o Drive-In!... (Nota: o programa N'AGENDA pode ser visto aqui). Têm sido inúmeras as entrevistas que LM tem dado para promover esse projecto, mas foi a primeira vez que o vi abordar, igualmente, um outro projecto: o “Luís de Matos ZOOM”.
Vamos por partes. A edição do N'AGENDA dividiu a entrevista a LM em quatro partes, que foram apresentadas separadas por blocos de informação que divulgaram outros projectos. Nas três primeiras partes da entrevista tivemos o habitual LM, seguro de si e fluente na exposição do que pretendia transmitir, mas, na quarta parte da entrevista, apareceu-nos, em certos momentos, um LM muito diferente: titubeando, gaguejando e engolindo em seco algumas vezes. Qual seria a razão de tal desconforto? Não tenho dúvida nenhuma que a razão desse desconforto teve a ver com o tema tratado: o "Luís de Matos ZOOM".
Em 21 de Maio de 2020, LM anunciava, na sua página de Facebook, o "Luís de Matos ZOOM" nos seguintes termos:
“Luis de Matos ZOOM”, um formato que inaugurámos no início deste mês e que nos permite estar perto... à distância. Fundamentalmente dirigido às empresas que gostam de estar próximo dos seus colaboradores e clientes, seja pela via da motivação ou do entretenimento. Absolutamente costumizável, faz acontecer a magia através do ecrã somando-lhe a tridimensionalidade que lhe falta. Dias antes, cada participante recebe todos os elementos físicos que contribuirão para uma experiência mágica, plena e original. A emissão, em directo do Estúdio33, com recurso a multi-camara e disponível em múltiplas plataformas, está desenhada para ser vivida por um conjunto de espectadores individuais ou em grupo. Com 25 anos de experiência na área dos espectáculos corporativos, estamos preparadas para tornar cada “Luis de Matos ZOOM” em algo pessoal e intransmissível...
Em 22 de Abril de 2020, ou seja, um mês antes, Helder Guimarães tinha anunciado, na sua página Instagram, o seu novo espectáculo (“THE PRESENT”) nos seguintes termos:
I so excited to announce this. I will return to Los Angeles' Geffen Playhouse—virtually—for the world premiere of my newest show “The Present”. Directed by Oscar nominee Frank Marshall (Jurassic World, Indiana Jones), this live, interactive online show marks the first full-length production of the Geffen Stayhouse initiative. “The Present” will take place virtually via a secure online platform with a maximum of 25 participants per show. Each participant will be mailed a sealed mystery package in advance, the contents of which will only be revealed during the course of each performance, as the story unfolds.
Do you want to experience MAGIC right now, in your own house and in your own hands?
Portanto, no passado dia 21 de Maio, toda a gente percebeu que LM tinha copiado o formato de espectáculo online criado por Helder Guimarães. Ou seja: DESFAÇATEZ e FALTA DE ÉTICA.
Se lermos com atenção o texto de divulgação do "Luís de Matos ZOOM", verificamos que não refere, em nenhuma passagem, que o formato é criação sua. A utilização da expressão “um formato que inauguramos” (em vez de “um formato que criamos”, que, seguramente, seria usada caso fosse essa a realidade) pretende passar a ideia que tal formato é algo corrente e convencional. E não é, pois trata-se de um formato criado por Helder Guimarães com o espectáculo "THE PRESENT", cujo sucesso é inegável (Nota: a terceira extensão da temporada inicial esgotou em cerca de uma hora).
Agora, na quarta parte da entrevista supracitada (que começa por volta do minuto 18:21), poderemos ouvir LM dizer o que seguidamente se transcreve (Nota: apenas transcrevo o que considero relevante para a comparação da cópia com o original):
[...]
E, quando pensamos nisso, encontramos soluções verdadeiramente diferentes.... Aaah... Inventamos esta ideia do Drive-In para espectáculos ao vivo.... Aaah... Mas também criamos outras coisas, outras coisas que eu tenho feito e que não estão debaixo do escrutínio do público em geral... Aaah... Mas, hoje mesmo... Aaah... Tenho duas situações dessas que é...
Nós co... desenhamos uma experiência, um espectáculo, que se chama "Luís de Matos ZOOM"... e que é dedicado... dedicado ah... eh... a empresas...
[...]
E o que fizemos foi nada mais nada menos do que aah... criar uma espécie de um mini-cenário em que aaah... conseguimos fazer a magia acontecer através do ecrã... E fomos um bocadinho mais longe...
[...]
Eu não tinha pensado falar sobre isso... olhei para ali e vi que tava ali... É só para... É só para te... dar este exemplo... que é... Aaaah... o Luís de Matos Zoom Aaaah... é esse formato que nós criamos.... e que no fundo Aaaah... fizemos aaaah.... a...a...adaptamos o mais possível à... a... à... à... situação que estamos a viver.
Então... todas as pessoas que participam no "Luís de Matos ZOOM" nós enviamos por correio primeiro uma caixinha... esta caixinha tem uma série de coisas que são costumizáveis...
[...]
E isto é enviado com antecedência para as pessoas... as pessoas abrem só no momento em que estão em directo comigo e nós fazemos à distancia com q... fazemos com que a magia aconteça nas casas das pessoas... nos seus escritórios... onde estão a fazer teletrabalho...
[...]
O LM sabe que copiou descaradamente o formato do espectáculo do Helder Guimarães. E agora a DESFAÇATEZ e a FALTA DE ÉTICA aumentam exponencialmente quando se afirma criador do mesmo.
Não tenho dúvida nenhuma que, se o LM estivesse a pensar neste formato em 22 de Abril (quando o Helder Guimarães anunciou o espectáculo "THE PRESENT"), desde logo viria a público publicitar o "Luís de Matos ZOOM". Mais ainda... Não tenho dúvida que se, no momento que apareceu o anúncio feito pelo Helder Guimarães, o LM achasse que lhe interessava copiar o formato, viria, no imediato, publicitar o seu projecto, afirmando que já estava a trabalhar nele. É, para mim, evidente que só algum tempo mais tarde o LM teve a certeza que lhe interessava copiar o formato criado pelo Helder Guimarães.
Mas, por vezes, o subconsciente é levado da breca e é capaz de trair o mais pintado. E foi precisamente isso que aconteceu nesta entrevista do LM ao Porto Canal. Conforme está transcrito acima, a certa altura da entrevista (por volta do minuto 19:21), o LM disse:
“Nós co... desenhamos uma experiência” (sic)
Não tenho dúvida que o subconsciente do LM é muito mais ético do que o seu consciente e que o estava a empurrar para dizer a verdade, ou seja: “Nós copiamos uma experiência”.
O “lapsus linguae” não foi completo, mas a evidência está lá, sem qualquer sofisma.
terça-feira, junho 09, 2020
RECORDAR É VIVER...
Escolhi o título "RECORDAR É VIVER" para este post que reproduz o post colocado hoje pelo Helder Guimarães na sua página do Facebook.
This was me. This was a performance in the final Gala before I received the trophy for World Champion of Card Magic. What people don’t know, and I thought it might be interesting to share, is that this routine (here edited by the TV Production company and not fully displayed) was quite controversial at the time. Not only it fooled the big majority of the magicians that were attending the convention but also part of the judging panel, composed by renowned magicians and that most didn’t know who I was. They thought that the person helping me was a stooge. And, if that was the case, I needed to be disqualified from the possibility of getting that award, and the title. Not many times in the history of magic this happened, but there was a precedent with the great Lennart Green, that in 1988 fooled everyone due to his unique strategies and techniques, and without any questions, was disqualified. Three years later, after that injustice, he came back as was crowned World Champion of Card Magic. In my case, there were two people in the jury panel that knew my work from before and knew that I would not use such a low tactic ever. Those were Camilo Vazquez and Roberto Giobbi, that have known me since I was probably 8, and 11 years old respectively. But, because there is never a certainty with these things, and not wanting to make the same past mistake, the judging panel nominated a representative of the FISM committee, sir Gerrit Brengman, to talk with me about this matter.
I still remember this conversation, like it was today. Gerrit Brengman explained to me that I had a good score but that some judges wanted to disqualify me because they couldn’t figure out how I achieved what I achieved. And that I had two options: one, I could trust him my with my secret, and he would let the judges know that it was indeed not a stooge. Or, I wasn’t forced to explain anything, but my score would suffer from that. Not many people knew or know today the secret of my act, maybe a handful of magic friends. But once magicians (and some lay-audiences) are faced with uncertainty, the easy way out is to assume it was a stooge. So, I made a decision of adding Gerrit Brengman to the shortlist of people with whom I shared the secrets behind the full act. I went into detail about how certain moments were accomplished and even invite him to witness the backstage perspective. He knew at the time and still knows, the amount of thought that went into developed those impossible moments I wanted to perform, and that none of them was accomplished with a stooge, for me the lowest of all "methods" in magic on par with camera tricks. He went over to the judging panel, and guarantee them that the performance was legit and that my score should not be affected.
On August 6th, 2006, I had to repeat that same act with only 23 years, 8 months, and 21 days in front of the biggest crowd of magicians that I have ever performed for. This time, the judging panel decided who would be the spectator to interact with me on stage, to guarantee she wasn't a stooge. This is me, on that day, performing that act again. In the end, I received a standing ovation and also the title of World Champion of Card Magic, becoming the youngest ever to receive that award. I still love this act, and it holds such a special place in my heart. It represents 6 years of working towards one specific goal. Today, I understand that every second studying magic during those 6 years counted for all those things I have done since there and that, hopefully, I’ll keep doing in the future.
The way we choose to spend our time affects the outcome of certain events in our lives, and the only people that will never understand are the ones that are not willing to spend that time to create something unique and personal. That honest approach to the work is the quality I most admire in my peers and in other artists I follow. Without that commitment, any work rendered is pointless. This was me, without life experience, expressing an ideal of life I had at the time and that I believed in. Today, I still believe in it. It is good to be reminded that, although I would probably not dress like in the video again, I am still the same person I was. So much changed in my life since that moment till today, but knowing your roots is always a good way of keeping your soul intact. I am not an exoterical person, but I do believe that the universe balances things out and that if you put something positive you will be rewarded in much more than just money. On that day, the real reward was not the title of World Champion of Card Magic. It was seeing my all-time magic idol Juan Tamariz, the person that made me want to be a professional magician who also was a World Champion of Card Magic, walk towards me in the middle of a sea of people and expressing his sincere congratulations for my act. Life is beautiful.
segunda-feira, junho 08, 2020
THE PRESENT "extended by popular demand"
Mais uma vez o espectáculo THE PRESENT de Helder Guimarães foi "extended by popular demand" (sic). A temporada irá, portanto prolongar-se até 10 de Outubro de 2020. E haverá datas internacionais.
Vale a pena registar, sem adjectivos, que a temporada inicial de 4 semanas (7 de Maio a 7 de Junho) esgotou em menos do que duas horas, que a primeira extensão até 5 de Julho (mais 4 semanas) esgotou em menos do que uma hora, que a segunda extensão até 16 de Agosto (6 semanas) esgotou em 26 minutos e que, ao finalizar a temporada inicialmente prevista, é anunciada uma terceira extensão até 10 de Outubro (8 semanas).
quarta-feira, junho 03, 2020
MÁGICO PORTUGUÊS BRILHA NOS EUA COM ESPETÁCULO POR ZOOM
Este é o título da notícia da autoria de João Tomé publicada ontem às 20:40 na edição online do Diário de Notícias e que pode ser vista aqui. Seguidamente reproduzo, com a devida vénia, tal conteúdo.
Mágico português brilha nos EUA com espetáculo por Zoom
Pode um espetáculo por Zoom em tempos de pandemia ter sucesso? Mágico português está a surpreender a América com The Present, uma performance de magia feita a partir de sua casa que já maravilhou JJ Abrams e várias celebridades de Hollywood e conquista os críticos de New York Times e companhia.
É um dos mágicos mais respeitados e premiados a nível mundial e os seus espetáculos há já vários anos são acompanhados com atenção por alguns dos maiores atores e realizadores do mundo de Hollywood. Helder Guimarães vive e brilha nos Estados Unidos desde 2012, já fez espetáculos em Los Angeles - onde vive - e na chamada off-Broadway até foi um dos dois portugueses (o outro foi António Damásio) que participou no principal evento anual das TED Talks.
Agora, já em 2020 e em pleno confinamento devido à pandemia do novo coronavírus, criou um espetáculo pensado para o período de isolamento que vivemos não só na história e magia que tem, mas também na forma como é experienciado.
Chama-se The Present, estreou a 7 de maio e foi criado para a Geffen Playhouse, em Los Angeles, num formato "online", ao vivo a partir da sua casa e com direção artística do realizador Frank Marshall - que dirigiu Indiana Jones, Parque Jurássico e companhia.
Em vez de uma sala, o público está nas suas casas e vê (e participa) através da plataforma de videoconferências Zoom. O espetáculo permite ser visto por 25 domicílios - acabam por ser mais pessoas, já que cada casa pode ter vários a assistir. Os participantes, eles próprios, participam na magia e vêm muitas das surpresas acontecer na sua própria casa e nas suas próprias mãos. A ajudar está uma caixa de Helder envia por correio aos participantes onde, entre outros objetos, está um baralho de cartas.
O experiente mágico explica como é possível conseguir "ter sucesso a surpreender o público mesmo por videoconferência". Depois de algumas performances já feitas - são duas por dia, com descanso há segunda-feira, e mais alguns espetáculos privados -, Helder admite-nos que esta será uma solução que poderá manter como alternativa no futuro, mesmo quando as salas começarem a voltar ao normal.
O mágico português, que adora misturar ilusão, humor e alguma filosofia nos seus espetáculos, explica que teve de mudar o cenário habitual, para um formato mais pequeno já que usou a sua própria casa em vez da sala. "Os técnicos do Geffen Playhouse [um espaço icónico de peças de teatro em Los Angeles e que são os organizadores] montaram tudo com alguma segurança e prepararam tudo de forma a que não precisassem de voltar cá para cada performance", diz-nos Helder.
A ideia para o espetáculo surgiu do próprio período de isolamento. Aos 11 anos Helder foi atropelado, teve um ataque epilético e teve de ficar isolado em casa durante um mês (foi assim que ficou mais próximo do seu avô). Daí começou a montar "em tempo recorde" a história e as ilusões, com a ajuda do experiente Frank Marshall, com quem já tinha trabalhado noutros espetáculos e que estava com tempo até porque a produção do próximo Mundo Jurássico foi cancelada.
É a namorada de Helder que filma todos os espetáculos e, o que estava previsto ser performance para durar um mês já foi estendido até agosto. Os bilhetes esgotaram em alguns minutos no site do Geffen, custam a partir de 80 dólares e cada ingresso inclui a tal caixa. Para já, até por questões relacionadas com os correios, o espetáculo é só para os EUA, mas o facto de ser em modo virtual permite internacionalizar de forma mais fácil e esse é um dos objetivos para os próximos tempos - Portugal incluído. Isso e poder gravar algumas sessões para posterior publicação, embora Helder explique que se perde algo "por não haver nos vídeos o elemento de interatividade".
Na versão mais longa da entrevista, o mágico português admite que já recusou ter o seu próprio programa televisivo nos EUA por não sentir que fossem as propostas certas, com o controlo criativo adequado. Além disso vê a possibilidade de fazer algo para a Netflix com bons olhos.
A ideia de fazer um espetáculo interativo por Zoom é pioneira e Helder acredita que os espetáculos, nomeadamente no teatro ou na magia, "se devem reinventar nos próximos tempos" já que esse pode ser "um modelo de negócio", mesmo que sinta falta "da interação do público numa sala".
Críticas "mágicas" dos principais jornais nos EUA
As críticas que tem recebido nos EUA, nomeadamente em Los Angeles, são verdadeiramente promissoras para o talento português. Helder Guimarães está habituado a elogios da imprensa até noutros espetáculos seus, do New York Times ao Los Angeles Times. Apesar da originalidade de um espetáculo virtual, The Present não foi exceção. Reproduzimos algumas das palavras de críticos conceituados nos EUA sobre o novo espetáculo:
Los Angeles Times
"Guimarães é um mágico com que Jorge Luis Borges poderia ter sonhado. Um contador de histórias com ar filosófico e um sotaque de onde não conseguimos localizar" ; "É o mais próximo que estive de uma sala de teatro desde que a pandemia fechou tudo" ; "The Present tem o seu mais potente encanto ao transformar o estranho em familiar (...) Mesmo a ver sozinho pelo Zoom, eu estava novamente junto com a minha tribo, grato por estar ligado aos encantos".
The New York Times
"O que sei é que depois da meia noite, no meu portátil, Guimarães ia virando uma cartas com nomes, primeiro uma, depois outra, depois outra, até que cada janela [da videoconferência] mostrava um ou mais espectadores coletivamente a perderem a cabeça com o som em mute. Não sei como ele conseguiu. E pela primeira vez em muito tempo, não saber algo [referência à incerteza da pandemia] soube muito bem".
The Washington Post
"Este espetáculo de magia por Zoom entrega uma caixa em casa. Depois explode a nossa mente". O espetáculo de magia ao vivo por Zoom dura uma hora e 10 minutos, mas a sua capacidade para juntar encantos parece infinita. Não faço ideia como Helder Guimarães, o português virtuoso das cartas que concebeu esta produção digital sensacional para o Geffen Playhouve, consegue fazer o que faz. E espero nunca saber".
Variety
"Os ilusionistas são famosos por desviar a nossa atenção, distraindo-nos com uma mão enquanto a outra executa o truque. Olhando bem pelo ecrã, temos uma visão clara e bem iluminada das mãos de Guimarães o tempo todo. Mas ele ainda assim consegue-nos surpreender, concentrando a nossa atenção na magia enquanto o centro emocional do espetáculo - histórias de esperança na infância e de conexão humana servem para unir o público - se vai aproximando de nós. Talvez a magia possa derrotar o covid, afinal."
Um português à conquista da América
Helder Guimarães ganhou uma dimensão de estrelado nos Estados Unidos com espetáculos de magia que incluem comédia e storytelling. Não só tem como fãs do seu trabalho personalidades do meio artístico de Hollywood como JJ Abrams (com quem já falou várias vezes e que já lhe ligou a dar os parabéns pelo novo espetáculo por Zoom), Barbra Streisand, Jack Black ou Steve Martin, como já teve o ator e produtor Neil Patrick Harris a dirigir alguns dos seus espetáculos, bem como o realizador de Parque Jurássico e Indiana Jones, Frank Marshall.
Um currículo impressionante a que o portuense de 37 anos, Helder, junta dois dos chamados óscares da magia em 2012 e 2013 - foi o primeiro mágico a vender dois Parlor Magician of the Year e também conta com um prémio Ascanio.
Desde bebé que o pai lhe incutiu a paixão da magia e das cartas e aos 12 já participava em competições de magia. Já foi consultor em produções da NBC, Disney e Warner - sobre várias não pode falar por ter assinado acordos de exclusividade.
E em 2018 deu "lições" de magia a Cate Blanchett e Sandra Bullock para as preparar para o filme Ocean"s 8.