quinta-feira, novembro 19, 2020

TESTE DE CONHECIMENTOS MÁGICOS - AS RESPOSTAS

 

Há alguns meses deixei aqui um teste. Está na altura de revelar as respostas. Aqui vão elas.

Pergunta 1 
Resposta: C - Savil
(Fonte: Jornal de Notícias - 14/10/1983 - pág.6)

Pergunta 2 
Resposta: A - Joy
(Fonte: Notícias da Tarde - 28/12/1982 - pág.22)

Pergunta 3 
Resposta: B - Conde de Aguilar
(Fonte: Correio da Manhã - 22/10/1982 - pág.27)

Pergunta 4 
Resposta: B - Jodivil
(Fonte: A Capital - 17/11/81 - pág.24)

Pergunta 5
Resposta: B - Prof. Karma
(Fonte: Jornal de Notícias - 14/10/1973)

Pergunta 6 
Resposta: C - O Grande Zény
(Fonte: Jornal de Notícias - 20/12/1985 - pág.27)

Pergunta 7 
Resposta: C - Great Herby
(Fonte: Jornal do Incrível - 3/11/1987 - pág.12)

Pergunta 8 
Resposta: D - Luís de Matos
(Fonte: TV Guia nº832 - 14 a 20/1/1995)

Pergunta 9 
Resposta: D - Anork
(Fonte: Nova Gente - 22 a 28/12/1993)

Pergunta 10 
Resposta: A - Maik Magic
(Fonte: Sete nº842 - 5 a 11/10/1994)

Pergunta 11 
Resposta: D - Damião
(Fonte: Nova Gente - 18/10/1989)

Pergunta 12 
Resposta: A - Luís de Matos
(Fonte: O Público - 14/8/1993 - pág.23)

Pergunta 13 
Resposta: B - Paul Daniels
(Fonte: TV Guia nº709 - 5 a 11/9/1992)

Pergunta 14 
Resposta: C - Rovit
(Fonte: TV Guia nº507 - 22/10/1988 - pág.36)

Pergunta 15 
Resposta: A - Mr. Lapin
(Fonte: TV Guia nº507 - 22/10/1988 - pág.35)

Pergunta 16 
Resposta: A - David Copperfield
(Fonte: TV Guia nº512 - 26/11/1988 – pág. 43)



domingo, novembro 01, 2020

UMA VERGONHA...


É uma VERGONHA o que acabo de ver no Primeiro Jornal da SIC. 

Parece impossível que façam uma reportagem sobe o ÚNICO mágico português que conseguiu sagrar-se Campeão Mundial de Magia (FISM 2006) e NÃO consigam saber, sem qualquer sombra de dúvida, o respectivo nome correcto!... 

É uma VERGONHA referirem-se ao Helder Guimaraes como Helder Rodrigues! Uma total FALTA DE RESPEITO pelo entrevistado e FALTA DE PROFISSIONALISMO dos jornalistas responsáveis por tal ERRO COLOSSAL!... 

E nem sequer podem desculpar-se com o facto de ser uma peça jornalística de última hora. Como pai do Helder Guimaraes sei que a entrevista foi gravada há mais do que uma semana!

Aqui deixo a gravação de tal reportagem.


Entretanto, a reportagem apresentada online na SICNotícias foi encurtada para suprimir os erros detectados, conforme pode ser visto aqui.


segunda-feira, outubro 19, 2020

MÁGICO DO PORTO SURPREENDE HOLLYWOOD


Este foi o título da notícia (que pode ser lida aqui) da autoria de João Tomé publicada online pelo JN, ontem às 21:56. Seguidamente reproduzo, com a devida vénia, tal conteúdo.

Mágico do Porto surpreende Hollywood


Foi na madrugada de sábado para domingo que Hélder Guimarães, originário do Porto, mas a trabalhar na Califórnia, fez história no mundo da magia.

Com o seu espetáculo "O presente", transmitido através da plataforma Zoom, conseguiu ter 6250 famílias a assistir e a pagar bilhete: 43 euros para os que receberam previamente em casa uma caixa de magia, ou 21 euros para quem não queria interagir, mas apenas assistir.

Com dois óscares da magia no currículo e fãs absolutos vindos de Hollywood - de JJ Abrams a Helen Mirren, passando por Neil Patrick Harris, Ryan Gosling e Woody Allen -, Hélder Guimarães concluiu esta madrugada o espetáculo "The Present" ("O presente"), que criou para tempos de pandemia, com mais de 6250 pessoas a assistir e interagir ao vivo, em direto e online.

O que é que podemos aprender com a pandemia e com a quarentena e distanciamento social que tem sido necessário? O espetáculo de Hélder Guimarães, o mágico do Porto que tem espantado Hollywood e os EUA em geral há alguns anos, dá várias respostas, mas surge também como prova que os espetáculos (de teatro, magia e companhia) podem sobreviver, reinventar-se e distinguir-se também no formato online. Basta um pouco de criatividade, um público atento e sedento por algo que o surpreenda e, claro, várias pitadas de magia.

Criado durante a pandemia

O mágico português criou em abril - e tendo a pandemia e a quarentena como ponto de partida -, o espetáculo online "The Present". Inicialmente era feito a pensar no público da Califórnia, onde reside e trabalha há já alguns anos - já fez inclusive consultoria em magia para séries de TV e filmes (ensinou alguns truques a Sandra Bullock e Cate Blanchett em Oceans 8). Depois alargou para o resto dos EUA e, mais tarde, para o resto do mundo.

O espetáculo, para ser interativo (com participação do público) e íntimo, costuma ter só 25 participantes que recebem por correio uma caixa com artigos para eles próprios fazerem magia nas suas casas. Depois de mais de 250 espetáculos feitos online, a partir da sua casa em Los Angeles e de centenas de elogios de críticos reputados dos principais jornais dos EUA e de atores e realizadores famosos em Hollywood, "The Present" teve o seu último espetáculo este sábado (madrugada de domingo em Portugal).

E o Grand Finale teve uma novidade também ela criativa. Para além dos 25 participantes por Zoom, foram vendidos bilhetes para uma versão com transmissão de streaming em direto com duas modalidade: os que receberam também no correio uma versão mais pequena da caixa mágica, para fazerem magia nas suas casas (preços a rondar os 50 dólares/43 euros), e aqueles que compraram bilhete já em cima da hora só para ver o espetáculo sem adereços incluídos (bilhetes a 25 dólares/21,3 euros, neste caso).


Resultado? Mais de 6250 casas de família (já que em cada janela de Zoom víamos casais e famílias inteiras a assistir) espalhadas por todo o mundo - o espetáculo é em inglês - estiveram sintonizadas online a ver e participar (quem tinha o kit). Isto além dos 25 que puderam interagir e tentar influenciar a magia de Helder Guimarães (alguns dos participantes nesta última sessão eram atores e argumentistas de séries da moda nos EUA).

Cartas são a especialidade do portuense


O portuense, que se considera um mágico alternativo, até porque a sua área de especialidade são as cartas (ganhou dois Óscares da magia nessa categoria), dá um espetáculo bem mais amplo do que golpes de mestre de magia que surpreendem e deixam atónitos, de boca aberta e, em alguns casos com as mãos na cabeça, o seu público. Hélder mistura stand up comedy, com introspeções pessoais que acertam em cheio no bizarro presente que todos vivemos em pandemia - é dirigido pelo famoso produtor e realizador Frank Marshall, parceiro de Steven Spielberg em várias produções.

O performer português toma como ponto de partida a sua vida, quando aos 11 anos ficou em isolamento após um acidente que o deixou uns dias em coma e, confinado em casa por ordem do médico, acabou por se relacionar como nunca com o seu peculiar avô. É assim que começamos a perceber que este não é só um espetáculo de magia surpreendente e incrível, é também um espaço que nos deixa várias reflexões humanas pertinentes sobre o momento pandémico que vivemos e o que podemos tirar dele.

A lição final talvez seja mesmo que devemos usar o distanciamento físico necessário e a quarentena para expandir os nossos horizontes, ligarmo-nos a quem nunca nos tínhamos ligado e aprender algo que nos será útil para o resto da vida. Uma espécie de carpe diem, do Clube dos Poetas Mortos, versão mágica e de tempos de pandemia.


O lado mágico é mais difícil de descrever por palavras, já que tantas vezes são as emoções e entusiasmo que acaba por surgir. Em primeiro lugar há as interações com os 25 participantes por Zoom, que tentam tomar decisões para ver se dificultam as várias tarefas mágicas de Hélder - cujas reações vamos vendo e também enriquecem o espetáculo (um bom trabalho de realização, mesmo por Zoom, da organização - que é do famoso Geffen Playhouse, de Los Angeles). Depois, mesmo os restantes 6250 que veem tudo em streaming em direto - neste caso, os que têm o kit enviado por correio - também têm o seu espaço para ver magia acontecer nas suas próprias mãos, nomeadamente com algumas cartas que foram enviadas e acabam rasgadas por um motivo 'mágico' (só custa é no início rasgar cartas bem bonitas por sinal).

No final, com o "The Present" entregue e finalizado - mais de 250 espetáculos esgotados depois e três extensões de datas -, sobrou tempo para anunciar o "The Future" ("O futuro"), o próximo espetáculo por Zoom de Hélder Guimarães, com data marcada já para 4 de dezembro. E que promete, sem surpresa, abordar o futuro - as surpresas, como sempre, ficam para a performance.


Acabou THE PRESENT. Segue-se... THE FUTURE!


"Pode um espectáculo online vender 6250 bilhetes? Mágico do Porto surpreende Hollywood e o mundo" é o título da peça jornalística publicada po Dinheiro Vivo, que pode ser lida aqui.


quinta-feira, outubro 15, 2020

Documentário sobre PEPE CARROLL


Eis o anúncio da estreia do documentário realizado sobre PEPE CARROLL.


quarta-feira, setembro 16, 2020

terça-feira, agosto 25, 2020

THE PRESENT: A Grand Finale for Everyone



No próximo dia 17 de Outubro será realizada a última apresentação do espectáculo de Helder Guimarães, THE PRESENT.

Dado que, nos sucessivos prolongamentos da temporada, o espectáculo esgotou todas as sessões em menos de um par de horas, muitos potenciais espectadores ficaram sem possibilidade de assistir a tal espectáculo. Por isso esta última apresentação (anunciada hoje) terá características diferentes pois permitirá ter muitos espectadores a assistir de qualquer canto do mundo.

Mais informações podem ser vistas aqui.


sexta-feira, agosto 07, 2020

Faleceu GER COOPER


Faleceu ontem GER COOPER, mágico que, em 1979, vi sagrar-se Campeão Mundial de Magia e Grande Prémio FISM com o seu excelente número de manipulação. 

Foi, talvez, a par de TOMMY WONDER, o último expoente de qualidade da consagrada escola mágica holandesa. Paz à sua alma.

Em jeito de homenagem aqui deixo a gravação do seu número ganhador.


sábado, agosto 01, 2020

ESTOCOLMO 2006



Há 14 anos fez-se história em Estocolmo. 

Foi precisamente, no dia 1 de Agosto de 2006, que Helder Guimarães pisou o “palco” da FISM, concorrendo na disciplina de MAGIA COM CARTAS. E foi essa impecável actuação que lhe permitiu arrebatar o 1º lugar nesse concurso e sagrar-se o mais novo CAMPEÃO MUNDIAL DE MAGIA COM CARTAS de sempre. 


E, até hoje, tal facto continua a ser verdade… Tal como continua a ser, até hoje, o ÚNICO mágico português a quem foi outorgado um título de Campeão Mundial de Magia.


Nestes 14 anos, Helder desdobrou-se em projectos diferentes, onde procurou sempre deixar a sua marca. Realço os diversos espectáculos que deliciaram plateias esgotadas (“Nothing to Hide”, “Verso”, “Borrowed Time”, “Retrato Clandestino”, “Invisible Tango”, etc.) e a partilha da sua filosofia artística com a comunidade mágica, através dos DVD “Small Miracles” e “Red Mirror” e dos livros “Reflections” e “Secret Language - Vol.1”.


Mas tudo isto é passado. E, no presente, Helder Guimarães está a disfrutar um merecido êxito com o espectáculo THE PRESENT, ao ver a temporada ser sucessivamente prolongada por “exigência” do público. 
E, com uma carreira assim tão sólida, só se pode esperar que o futuro continue a ser brilhante.

segunda-feira, junho 29, 2020

O POEMA


Na entrada anterior deste blogue fiz referência a um poema rabiscado num guardanapo de papel que encontrei abandonado numa das mesas da esplanada do Café Bom Dia.  Tal como referi, o respectivo título captou a minha atenção e, por isso, o guardei para leitura atenta posterior. Para satisfação da curiosidade dos meus leitores, aqui deixo a transcrição de tal poema.

CONFISSÃO DE UM... COBARDE

Esta minha confissão
Qu’ aqui deixo com alarde
Não tem direito a perdão,
Pois sou um triste cobarde!

A coisa par’cia preta
Pois p’ra rimar com magia,
Como poeta da treta,
Eu só encontrei... bom dia.

Assim nasceu, pois, o título
Duma crónica foleira,
Que mostrou ser um capítulo
Ond’ escrevi muit’ asneira.

Não foi, porém, minha culpa,
Nem sequer foi “overdose”.
Acreditei, “mea culpa”,
No que diss’ o Meia Dose.

Fiz, pois, papel de palhaço,
A verdade é nua e crua,
Quis fazer estardalhaço,
Agora nem saio à rua.

Mais valia estar calado
Do que armar-me em Rui Pinto,
Pois fiquei bem entalado
E só me chamam... Rui Minto!

                    Autor: Cobarde anónimo 

segunda-feira, junho 22, 2020

E O JN JÁ ESTAVA ESGOTADO!...


Hoje, fui, mais uma vez, tomar o meu cimbalino matinal ao Café Bom Dia. Antes de me sentar numa mesa da esplanada que, estranhamente, estava totalmente vazia, passei pelo quiosque para adquirir o habitual JN. E qual não foi o meu espanto ao verificar que o JN já estava esgotado!

Não havia nada a fazer. Tomei o meu café descansadamente, desejando, secretamente, que os meus amigos Serafim e Afonso aparecessem, como era habitual. Já que não havia JN para ler, sempre haveria uma conversa entre Serafim e Afonso para escutar... E como essas conversas são interessantes!...

Mas, definitivamente, hoje não era o meu dia da sorte: Serafim e Afonso tardavam em aparecer. Decidi, então, levantar-me e ir pagar a despesa ao balcão, pois o empregado de mesa parecia ter-se eclipsado. Nesta viagem entre mesas vazias da esplanada, reparei num poema rabiscado num guardanapo de papel que estava abandonado numa delas. Peguei, maquinalmente, no guardanapo, dei-lhe uma olhadela e, como o título do poema era muito sugestivo, dobrei o guardanapo e meti-o no bolso, para uma leitura posterior mais atenta.

Após a despesa paga, saí do Café Bom Dia e rumei ao quiosque do Café Velasquez em busca do JN. Ao passar pela respectiva esplanada deparei, com espanto, que ali estavam, em amena cavaqueira, o Serafim e o Afonso. Dirigi-me a eles, não só para os cumprimentar, mas também para satisfazer a minha curiosidade quanto às razões da mudança de “poiso habitual”.

Afonso não se fez rogado e elucidou-me:

- É verdade, Jomaguy, decidimos mudar de ares... O ar do Bom Dia andava a ficar um bocado poluído... A presença duma certa “geração youtube” que se dá com (e aprova comportamentos de) vigaristas, oportunistas, lambe-botas e quejandos estava a tornar o ar do Bom Dia “irrespirável”. Estamos muito melhor aqui... Pelo menos, por enquanto...

Agradeci o esclarecimento e, após mais algumas palavras de circunstância, despedi-me e entrei no Café Velásquez para me dirigir ao respectivo quiosque. Comprei o JN e saí, passando perto de Serafim e Afonso, que, inevitavelmente, tinham retomado a sua amena cavaqueira. Apenas pude perceber uma frase solta de qualquer contexto, dita por Serafim:

- Pois é como te digo, Afonso, esses meninos não passam do que eu designo por “desperdícios dos espermatozóides paternos”...

No caminho até casa, fui pensando na frase ouvida e no quanto ela tem de verdade em casos que eu conheço de ginjeira. Chegado a casa, calcei as pantufas, sentei-me e embrenhei-me na leitura do JN.
 
Quanto estava quase a terminar a leitura do JN, uma ideia invadiu a minha mente.... O poema... Ainda não tinha lido o poema... Meti a mão ao bolso em busca do guardanapo rabiscado... Nessa altura, a minha mulher chamou-me para ir almoçar... Mais tarde, teria tempo para o poema... O “Bacalhau à Luís de Matos” é que não podia esperar!

P.S.: Portanto, os leitores desta crónica vão ter que esperar uns diazitos antes de lerem o poema... Convém manter os leitores em “suspense”...

sexta-feira, junho 19, 2020

Será Arte?...


Verdade incómoda publicada na newsletter de PASTOMAGIC, que, com o devido crédito, aqui publico.




quarta-feira, junho 17, 2020

DESFAÇATEZ, FALTA DE ÉTICA E “LAPSUS LINGUAE” PARCIAL DE LUÍS DE MATOS


No passado dia 13 de Junho, Luís de Matos (LM) foi entrevistado para o programa N’AGENDA do Porto Canal a propósito da “sua” mais recente criação: o Drive-In!... (Nota: o programa N'AGENDA pode ser visto aqui). Têm sido inúmeras as entrevistas que LM tem dado para promover esse projecto, mas foi a primeira vez que o vi abordar, igualmente, um outro projecto: o “Luís de Matos ZOOM”.

Vamos por partes. A edição do N'AGENDA dividiu a entrevista a LM em quatro partes, que foram apresentadas separadas por blocos de informação que divulgaram outros projectos. Nas três primeiras partes da entrevista tivemos o habitual LM, seguro de si e fluente na exposição do que pretendia transmitir, mas, na quarta parte da entrevista, apareceu-nos, em certos momentos, um LM muito diferente: titubeando, gaguejando e engolindo em seco algumas vezes. Qual seria a razão de tal desconforto? Não tenho dúvida nenhuma que a razão desse desconforto teve a ver com o tema tratado: o "Luís de Matos ZOOM".

Em 21 de Maio de 2020, LM anunciava, na sua página de Facebook, o "Luís de Matos ZOOM" nos seguintes termos:
 “Luis de Matos ZOOM”, um formato que inaugurámos no início deste mês e que nos permite estar perto... à distância. Fundamentalmente dirigido às empresas que gostam de estar próximo dos seus colaboradores e clientes, seja pela via da motivação ou do entretenimento. Absolutamente costumizável, faz acontecer a magia através do ecrã somando-lhe a tridimensionalidade que lhe falta. Dias antes, cada participante recebe todos os elementos físicos que contribuirão para uma experiência mágica, plena e original. A emissão, em directo do Estúdio33, com recurso a multi-camara e disponível em múltiplas plataformas, está desenhada para ser vivida por um conjunto de espectadores individuais ou em grupo. Com 25 anos de experiência na área dos espectáculos corporativos, estamos preparadas para tornar cada “Luis de Matos ZOOM” em algo pessoal e intransmissível...

Em 22 de Abril de 2020, ou seja, um mês antes, Helder Guimarães tinha anunciado, na sua página Instagram, o seu novo espectáculo (“THE PRESENT”) nos seguintes termos:
I so excited to announce this. I will return to Los Angeles' Geffen Playhouse—virtually—for the world premiere of my newest show “The Present”. Directed by Oscar nominee Frank Marshall (Jurassic World, Indiana Jones), this live, interactive online show marks the first full-length production of the Geffen Stayhouse initiative. “The Present” will take place virtually via a secure online platform with a maximum of 25 participants per show. Each participant will be mailed a sealed mystery package in advance, the contents of which will only be revealed during the course of each performance, as the story unfolds.
Do you want to experience MAGIC right now, in your own house and in your own hands?

Portanto, no passado dia 21 de Maio, toda a gente percebeu que LM tinha copiado o formato de espectáculo online criado por Helder Guimarães. Ou seja: DESFAÇATEZ e FALTA DE ÉTICA.

Se lermos com atenção o texto de divulgação do "Luís de Matos ZOOM", verificamos que não refere, em nenhuma passagem, que o formato é criação sua. A utilização da expressão  “um formato que inauguramos” (em vez de “um formato que criamos”, que, seguramente, seria usada caso fosse essa a realidade) pretende passar a ideia que tal formato é algo corrente e convencional. E não é, pois trata-se de um formato criado por Helder Guimarães com o espectáculo "THE PRESENT", cujo sucesso é inegável (Nota: a terceira extensão da temporada inicial esgotou em cerca de uma hora).
Agora, na quarta parte da entrevista supracitada (que começa por volta do minuto 18:21), poderemos ouvir LM dizer o que seguidamente se transcreve (Nota: apenas transcrevo o que considero relevante para a comparação da cópia com o original):

[...]
E, quando pensamos nisso, encontramos soluções verdadeiramente diferentes.... Aaah... Inventamos esta ideia do Drive-In para espectáculos ao vivo.... Aaah... Mas também criamos outras coisas, outras coisas que eu tenho feito e que não estão debaixo do escrutínio do público em geral... Aaah... Mas, hoje mesmo... Aaah... Tenho duas situações dessas que é...
Nós co... desenhamos uma experiência, um espectáculo, que se chama "Luís de Matos ZOOM"... e que é dedicado...  dedicado ah... eh... a empresas...
[...]
E o que fizemos foi nada mais nada menos do que aah... criar uma espécie de um mini-cenário em que aaah... conseguimos fazer a magia acontecer através do ecrã... E fomos um bocadinho mais longe...
[...]
Eu não tinha pensado falar sobre isso... olhei para ali e vi que tava ali... É só para... É só para te... dar este exemplo... que é... Aaaah... o Luís de Matos Zoom Aaaah... é esse formato que nós criamos.... e que no fundo Aaaah...   fizemos aaaah.... a...a...adaptamos o mais possível à... a... à... à... situação que estamos a viver.
Então... todas as pessoas que participam no "Luís de Matos ZOOM" nós enviamos por correio primeiro uma caixinha... esta caixinha tem uma série de coisas que são costumizáveis...
[...]
E isto é enviado com antecedência para as pessoas... as pessoas abrem só no momento em que estão em directo comigo e nós fazemos à distancia com q... fazemos com que a magia aconteça nas casas das pessoas... nos seus escritórios... onde estão a fazer teletrabalho...
[...]

O LM sabe que copiou descaradamente o formato do espectáculo do Helder Guimarães. E agora a DESFAÇATEZ e a FALTA DE ÉTICA aumentam exponencialmente quando se afirma criador do mesmo.

Não tenho dúvida nenhuma que, se o LM estivesse a pensar neste formato em 22 de Abril (quando o Helder Guimarães  anunciou o espectáculo "THE PRESENT"), desde logo viria a público publicitar o  "Luís de Matos ZOOM". Mais ainda... Não tenho dúvida que se, no momento que apareceu o anúncio feito pelo Helder Guimarães, o LM achasse que lhe interessava copiar o formato, viria, no imediato,  publicitar o seu projecto, afirmando que já estava a trabalhar nele. É, para mim, evidente que só algum tempo mais tarde o LM teve a certeza que lhe interessava copiar o formato criado pelo Helder Guimarães.

Mas, por vezes, o subconsciente é levado da breca e é capaz de trair o mais pintado. E foi precisamente isso que aconteceu nesta entrevista do LM ao Porto Canal. Conforme está transcrito acima, a certa altura da entrevista (por volta do minuto 19:21), o LM disse:
“Nós co... desenhamos uma experiência” (sic)

Não tenho dúvida que o subconsciente do LM é muito mais ético do que o seu consciente e que o estava a empurrar para dizer a verdade, ou seja: “Nós copiamos uma experiência”.

O “lapsus linguae” não foi completo, mas a evidência está lá, sem qualquer sofisma.



terça-feira, junho 09, 2020

RECORDAR É VIVER...

 

Escolhi o título "RECORDAR É VIVER" para este post que reproduz o post colocado hoje pelo Helder Guimarães na sua página do Facebook.


This was me. This was a performance in the final Gala before I received the trophy for World Champion of Card Magic. What people don’t know, and I thought it might be interesting to share, is that this routine (here edited by the TV Production company and not fully displayed) was quite controversial at the time. Not only it fooled the big majority of the magicians that were attending the convention but also part of the judging panel, composed by renowned magicians and that most didn’t know who I was. They thought that the person helping me was a stooge. And, if that was the case, I needed to be disqualified from the possibility of getting that award, and the title. Not many times in the history of magic this happened, but there was a precedent with the great Lennart Green, that in 1988 fooled everyone due to his unique strategies and techniques, and without any questions, was disqualified. Three years later, after that injustice, he came back as was crowned World Champion of Card Magic. In my case, there were two people in the jury panel that knew my work from before and knew that I would not use such a low tactic ever. Those were Camilo Vazquez and Roberto Giobbi, that have known me since I was probably 8, and 11 years old respectively. But, because there is never a certainty with these things, and not wanting to make the same past mistake, the judging panel nominated a representative of the FISM committee, sir Gerrit Brengman, to talk with me about this matter.

I still remember this conversation, like it was today. Gerrit Brengman explained to me that I had a good score but that some judges wanted to disqualify me because they couldn’t figure out how I achieved what I achieved. And that I had two options: one, I could trust him my with my secret, and he would let the judges know that it was indeed not a stooge. Or, I wasn’t forced to explain anything, but my score would suffer from that. Not many people knew or know today the secret of my act, maybe a handful of magic friends. But once magicians (and some lay-audiences) are faced with uncertainty, the easy way out is to assume it was a stooge. So, I made a decision of adding Gerrit Brengman to the shortlist of people with whom I shared the secrets behind the full act. I went into detail about how certain moments were accomplished and even invite him to witness the backstage perspective. He knew at the time and still knows, the amount of thought that went into developed those impossible moments I wanted to perform, and that none of them was accomplished with a stooge, for me the lowest of all "methods" in magic on par with camera tricks. He went over to the judging panel, and guarantee them that the performance was legit and that my score should not be affected. 

On August 6th, 2006, I had to repeat that same act with only 23 years, 8 months, and 21 days in front of the biggest crowd of magicians that I have ever performed for. This time, the judging panel decided who would be the spectator to interact with me on stage, to guarantee she wasn't a stooge. This is me, on that day, performing that act again. In the end, I received a standing ovation and also the title of World Champion of Card Magic, becoming the youngest ever to receive that award. I still love this act, and it holds such a special place in my heart. It represents 6 years of working towards one specific goal. Today, I understand that every second studying magic during those 6 years counted for all those things I have done since there and that, hopefully, I’ll keep doing in the future.

The way we choose to spend our time affects the outcome of certain events in our lives, and the only people that will never understand are the ones that are not willing to spend that time to create something unique and personal. That honest approach to the work is the quality I most admire in my peers and in other artists I follow. Without that commitment, any work rendered is pointless. This was me, without life experience, expressing an ideal of life I had at the time and that I believed in. Today, I still believe in it. It is good to be reminded that, although I would probably not dress like in the video again, I am still the same person I was. So much changed in my life since that moment till today, but knowing your roots is always a good way of keeping your soul intact. I am not an exoterical person, but I do believe that the universe balances things out and that if you put something positive you will be rewarded in much more than just money. On that day, the real reward was not the title of World Champion of Card Magic. It was seeing my all-time magic idol Juan Tamariz,  the person that made me want to be a professional magician who also was a World Champion of Card Magic, walk towards me in the middle of a sea of people and expressing his sincere congratulations for my act. Life is beautiful. 


segunda-feira, junho 08, 2020

THE PRESENT "extended by popular demand"


Mais uma vez o espectáculo THE PRESENT de Helder Guimarães foi "extended by popular demand" (sic). A temporada irá, portanto prolongar-se até 10 de Outubro de 2020. E haverá datas internacionais.

Vale a pena registar, sem adjectivos, que a temporada inicial de 4 semanas (7 de Maio a 7 de Junho) esgotou em menos do que duas horas, que a primeira extensão até 5 de Julho (mais 4 semanas) esgotou em menos do que uma hora, que a segunda extensão até 16 de Agosto (6 semanas) esgotou em 26 minutos e que, ao finalizar a temporada inicialmente prevista, é anunciada uma terceira extensão até 10 de Outubro (8 semanas).


quarta-feira, junho 03, 2020

MÁGICO PORTUGUÊS BRILHA NOS EUA COM ESPETÁCULO POR ZOOM


Este é o título da notícia da autoria de João Tomé publicada ontem às 20:40 na edição online do Diário de Notícias e que pode ser vista aqui. Seguidamente reproduzo, com a devida vénia, tal conteúdo.

Mágico português brilha nos EUA com espetáculo por Zoom

Pode um espetáculo por Zoom em tempos de pandemia ter sucesso? Mágico português está a surpreender a América com The Present, uma performance de magia feita a partir de sua casa que já maravilhou JJ Abrams e várias celebridades de Hollywood e conquista os críticos de New York Times e companhia.


É um dos mágicos mais respeitados e premiados a nível mundial e os seus espetáculos há já vários anos são acompanhados com atenção por alguns dos maiores atores e realizadores do mundo de Hollywood. Helder Guimarães vive e brilha nos Estados Unidos desde 2012, já fez espetáculos em Los Angeles - onde vive - e na chamada off-Broadway até foi um dos dois portugueses (o outro foi António Damásio) que participou no principal evento anual das TED Talks.

Agora, já em 2020 e em pleno confinamento devido à pandemia do novo coronavírus, criou um espetáculo pensado para o período de isolamento que vivemos não só na história e magia que tem, mas também na forma como é experienciado.

Chama-se The Present, estreou a 7 de maio e foi criado para a Geffen Playhouse, em Los Angeles, num formato "online", ao vivo a partir da sua casa e com direção artística do realizador Frank Marshall - que dirigiu Indiana Jones, Parque Jurássico e companhia.

Em vez de uma sala, o público está nas suas casas e vê (e participa) através da plataforma de videoconferências Zoom. O espetáculo permite ser visto por 25 domicílios - acabam por ser mais pessoas, já que cada casa pode ter vários a assistir. Os participantes, eles próprios, participam na magia e vêm muitas das surpresas acontecer na sua própria casa e nas suas próprias mãos. A ajudar está uma caixa de Helder envia por correio aos participantes onde, entre outros objetos, está um baralho de cartas.

O experiente mágico explica como é possível conseguir "ter sucesso a surpreender o público mesmo por videoconferência". Depois de algumas performances já feitas - são duas por dia, com descanso há segunda-feira, e mais alguns espetáculos privados -, Helder admite-nos que esta será uma solução que poderá manter como alternativa no futuro, mesmo quando as salas começarem a voltar ao normal.

O mágico português, que adora misturar ilusão, humor e alguma filosofia nos seus espetáculos, explica que teve de mudar o cenário habitual, para um formato mais pequeno já que usou a sua própria casa em vez da sala. "Os técnicos do Geffen Playhouse [um espaço icónico de peças de teatro em Los Angeles e que são os organizadores] montaram tudo com alguma segurança e prepararam tudo de forma a que não precisassem de voltar cá para cada performance", diz-nos Helder.

A ideia para o espetáculo surgiu do próprio período de isolamento. Aos 11 anos Helder foi atropelado, teve um ataque epilético e teve de ficar isolado em casa durante um mês (foi assim que ficou mais próximo do seu avô). Daí começou a montar "em tempo recorde" a história e as ilusões, com a ajuda do experiente Frank Marshall, com quem já tinha trabalhado noutros espetáculos e que estava com tempo até porque a produção do próximo Mundo Jurássico foi cancelada.

É a namorada de Helder que filma todos os espetáculos e, o que estava previsto ser performance para durar um mês já foi estendido até agosto. Os bilhetes esgotaram em alguns minutos no site do Geffen, custam a partir de 80 dólares e cada ingresso inclui a tal caixa. Para já, até por questões relacionadas com os correios, o espetáculo é só para os EUA, mas o facto de ser em modo virtual permite internacionalizar de forma mais fácil e esse é um dos objetivos para os próximos tempos - Portugal incluído. Isso e poder gravar algumas sessões para posterior publicação, embora Helder explique que se perde algo "por não haver nos vídeos o elemento de interatividade".

Na versão mais longa da entrevista, o mágico português admite que já recusou ter o seu próprio programa televisivo nos EUA por não sentir que fossem as propostas certas, com o controlo criativo adequado. Além disso vê a possibilidade de fazer algo para a Netflix com bons olhos.

A ideia de fazer um espetáculo interativo por Zoom é pioneira e Helder acredita que os espetáculos, nomeadamente no teatro ou na magia, "se devem reinventar nos próximos tempos" já que esse pode ser "um modelo de negócio", mesmo que sinta falta "da interação do público numa sala".

Críticas "mágicas" dos principais jornais nos EUA

As críticas que tem recebido nos EUA, nomeadamente em Los Angeles, são verdadeiramente promissoras para o talento português. Helder Guimarães está habituado a elogios da imprensa até noutros espetáculos seus, do New York Times ao Los Angeles Times. Apesar da originalidade de um espetáculo virtual, The Present não foi exceção. Reproduzimos algumas das palavras de críticos conceituados nos EUA sobre o novo espetáculo:

Los Angeles Times

"Guimarães é um mágico com que Jorge Luis Borges poderia ter sonhado. Um contador de histórias com ar filosófico e um sotaque de onde não conseguimos localizar" ; "É o mais próximo que estive de uma sala de teatro desde que a pandemia fechou tudo" ; "The Present tem o seu mais potente encanto ao transformar o estranho em familiar (...) Mesmo a ver sozinho pelo Zoom, eu estava novamente junto com a minha tribo, grato por estar ligado aos encantos".

The New York Times

"O que sei é que depois da meia noite, no meu portátil, Guimarães ia virando uma cartas com nomes, primeiro uma, depois outra, depois outra, até que cada janela [da videoconferência] mostrava um ou mais espectadores coletivamente a perderem a cabeça com o som em mute. Não sei como ele conseguiu. E pela primeira vez em muito tempo, não saber algo [referência à incerteza da pandemia] soube muito bem".

The Washington Post

"Este espetáculo de magia por Zoom entrega uma caixa em casa. Depois explode a nossa mente". O espetáculo de magia ao vivo por Zoom dura uma hora e 10 minutos, mas a sua capacidade para juntar encantos parece infinita. Não faço ideia como Helder Guimarães, o português virtuoso das cartas que concebeu esta produção digital sensacional para o Geffen Playhouve, consegue fazer o que faz. E espero nunca saber".

Variety

"Os ilusionistas são famosos por desviar a nossa atenção, distraindo-nos com uma mão enquanto a outra executa o truque. Olhando bem pelo ecrã, temos uma visão clara e bem iluminada das mãos de Guimarães o tempo todo. Mas ele ainda assim consegue-nos surpreender, concentrando a nossa atenção na magia enquanto o centro emocional do espetáculo - histórias de esperança na infância e de conexão humana servem para unir o público - se vai aproximando de nós. Talvez a magia possa derrotar o covid, afinal."

Um português à conquista da América

Helder Guimarães ganhou uma dimensão de estrelado nos Estados Unidos com espetáculos de magia que incluem comédia e storytelling. Não só tem como fãs do seu trabalho personalidades do meio artístico de Hollywood como JJ Abrams (com quem já falou várias vezes e que já lhe ligou a dar os parabéns pelo novo espetáculo por Zoom), Barbra Streisand, Jack Black ou Steve Martin, como já teve o ator e produtor Neil Patrick Harris a dirigir alguns dos seus espetáculos, bem como o realizador de Parque Jurássico e Indiana Jones, Frank Marshall.

Um currículo impressionante a que o portuense de 37 anos, Helder, junta dois dos chamados óscares da magia em 2012 e 2013 - foi o primeiro mágico a vender dois Parlor Magician of the Year e também conta com um prémio Ascanio.

Desde bebé que o pai lhe incutiu a paixão da magia e das cartas e aos 12 já participava em competições de magia. Já foi consultor em produções da NBC, Disney e Warner - sobre várias não pode falar por ter assinado acordos de exclusividade.

E em 2018 deu "lições" de magia a Cate Blanchett e Sandra Bullock para as preparar para o filme Ocean"s 8.


sábado, maio 30, 2020

PENSAMENTO DO DIA...


Um vigarista é e será sempre um vigarista!... No entanto se lhe dermos ouvidos, vai conseguir contar-nos uma história capaz de "fazer chorar as pedras da calçada"... Com um pouco de jeito, no final, ainda lhe vamos ficar a dever dinheiro!...

OS PALERMAS DA SILVA


(Nota introdutória: Com o meu pedido de desculpas, por falta de melhor inspiração, a todos os meus amigos de apelido Silva)

Durante muito tempo a taxinomia da palermice dividia o grupo dos palermas em dois sub-grupos cuja nomenclatura era “Palermas Estúpidos” e “Palermas Ignorantes”. E era fácil distingui-los, no dia a dia.

Portanto havia os palermas cuja palermice vinha à tona quando o seu QI não lhes permitia ser outra coisa senão palermas e havia os outros, os que eram palermas apenas porque a respectiva ignorância acumulada em doses industriais ao longo de anos os levava, também, para o campo imenso da palermice.

O advento da internet e a disseminação das redes sociais levou ao aparecimento de um novo sub-grupo de palermas. Não são “Palermas Estúpidos”, pois o seu QI é elevado, nem são “Palermas Ignorantes”, pois são detentores de amplos conhecimentos sobre as mais diversas matérias.

Não existe um verdadeiro nome para este terceiro sub-grupo de palermas, pois chamar-lhes, simplesmente, “Palermas” é demasiado redutor quanto às inúmeras palermices que proferem e preconizam. E tais palermices não têm nada de simplicidade... Bem pelo contrário!

Como tal sub-grupo está em clara fase de crescimento, acho bem encontrar uma designação com que possamos referi-los sem ambiguidade. E a minha sugestão é: “Palermas da Silva”.

“Porquê “Palermas da Silva”?” é provavelmente a pergunta que, neste momento, vos vem à cabeça. Ou não. Mesmo assim eu explico...

Em todos os sub-grupos anteriormente existentes desta elaborada taxinomia, “Palermas” funciona como nome próprio, sendo “Estúpidos” e “Ignorantes” os respectivos apelidos. Importava, pois, encontrar um apelido que desse uma ideia de grande disseminação e vulgaridade. Ora, desde que me contaram a anedota do Silva dos plásticos, ficou, em mim, enraizada a ideia que o apelido mais comum e vulgar, em português, é Silva. Outros apelidos há (como Costa ou Ferreira, por exemplo) que podem perfeitamente pedir meças a Silva no que se refere a disseminação e vulgaridade. Mas a minha sugestão vai mesmo para “Palermas da Silva”.

Exemplos de palermices de alguns “Palermas da Silva”:

- Tanto dizem que a internet já existia há 60 e tal anos como dizem que estava pouco divulgada há uma dúzia de anos;

- Não sabem ler o que está escrito;

- Distorcem, com objectivos pouco claros, aquilo que outros escrevem;

- Acham normal ter opinião sobre uma pessoa através daquilo que o respectivo pai escreve.

Enfim, neste mundo global em que vivemos, temos que levar com os “Palermas da Silva” que nos calham na rifa!

P.S.: Este texto não está directamente ligado ao tema de blogue que é ilusionismo. No entanto a existência de inúmeros palermas inseridos no mundo da magia, torna recomendável a publicação do mesmo aqui.

sexta-feira, maio 29, 2020

O TRILEMA...


Hoje, rumei cedo ao Café Bom Dia para o meu cimbalino matinal da praxe. Tão cedo que nem sequer o Afonso lá estava. Mas, passados 10 minutos, lá chegou ele, caminhando pausadamente com o seu JN debaixo do braço. Cumprimentou-me com um aceno de cabeça e sentou-se a 3 mesas de distancia.
Continuei a tomar, calmamente, o meu cimbalino, enquanto lia algumas das últimas graçolas que certos primatas de coluna vertebral bastante curva por lá escrevem... E o que eu me rio interiormente com tanto dislate que leio!...

Até encontrei um grupo de Facebook, em que um membro pedia ao administrador do grupo para eliminar um post que outro membro colocara!...  Pensar que, 46 anos após o 25 de Abril, há gente a solicitar o “lápis azul” deixa-me arrepiado... e MUITO TRISTE!

De repente, um timbre de voz que bem conheço, fez-me voltar ao PRESENTE, em que a DEMOCRACIA existe para bem de todos... Mesmo daqueles que gostariam de acabar com ela! O Serafim chegara e estava a sentar-se na mesa contígua à do Afonso.

[...]

- Bons olhos te vejam, Serafim – saudou Afonso – Estava a ver que já não aparecias hoje.

- Tu parece que não me conheces – respondeu Serafim – Eu adoro estes nossos encontros e só faltaria por um motivo de força maior, o que não é o caso.

Após um breve pausa para saborear o primeiro gole do café, que o empregado entretanto trouxera a pedido de Afonso, Serafim continuou:

- Desculpa lá o atraso, Afonso... Mas hoje, de manhã, vi uma notícia na CMTV sobre uma situação protagonizada por um cozinheiro, ao qual a jornalista apelidou de vigarista. E, com a história que foi contada, o termo vigarista pareceu-me pouco adequado... Por isso estive embrenhado a pesquisar em vários dicionários de língua portuguesa...

Afonso interrompeu o seu amigo, dizendo:

- Desculpa lá, Serafim, estou a leste desse assunto... Não queres fazer um resumo do caso, para eu conseguir acompanhar-te?

Serafim não se fez rogado e adiantou:

- O caso descreve-se em meia dúzia de palavras.... Um cozinheiro de renome internacional de nome Simon criou uma receita de bacalhau inovadora... Não, Afonso, não olhes para mim com essa cara pois não foi o Bacalhau à Luís de Matos... Chamou-lhe Bacalhau à Simon e partilhou, gratuitamente, a respectiva receita para download na respectiva página Web...

- Foi simpático e altruísta, esse tal Simon – comentou Afonso.

Serafim continuou:

- Tens toda a razão, Afonso... Mas apareceu um cozinheiro português, de nome Alexandre, que achou que podia ganhar um dinheirito com essa receita e tratou de imprimir tal receita e vendê-la a 15 dólares...

- Ahhhhhhhh – exclamou Afonso – Então foi esse cozinheiro Alexandre que a jornalista chamou vigarista, deduzo eu.

- Exactamente – confirmou Serafim – E eu acho que seria mais lógico chamar-lhe oportunista...

- Ou “chico-esperto” – alvitrou Afonso.

- Sim, claro – anuiu, de imediato, Serafim – De qualquer maneira estaremos de acordo que quem assim procede não é muito recomendável... Certo, Afonso?

- Totalmente de acordo, meu caro Serafim! – respondeu Afonso, sem hesitação.

Afonso respirou fundo e olhou para o céu, como que agradecendo a qualquer divindade celeste o facto de, finalmente, haver um assunto em que estava totalmente de acordo com o seu amigo Serafim. Este esboçava um sorriso que parecia querer transmitir algo mais ao seu amigo. Sem reparar em tal sorriso, Afonso não pode deixar de verbalizar os seus pensamentos:

- Sabes, Serafim... Fico contente por hoje termos encontrado um assunto em que estamos totalmente de acordo...

- Claro que estamos – interrompeu Serafim – E sabes porquê, Afonso?... Porque não estamos a falar de ilusionismo!

Afonso ficou estupefacto e respondeu:

- É mesmo... Nem tinha reparado nisso... E nós que só costumamos falar de temas de magia...

Com um ar enigmático, Serafim contrapôs:

- Se calhar até estivemos...

Seguiu-se um silêncio, durante o qual Afonso tentava dar sentido àquela frase enigmática do amigo, o qual se mantinha impávido e sereno, aguardando a inevitável pergunta de Afonso. Por fim este não se conteve e disparou:

- Agora vais explicar-me essa treta bem explicadinha, pois não estou a entender nada de nada...

Sem fazer esperar o amigo, Serafim respondeu:

- Ok, Afonso, vou esclarecer-te porque não quero que fiques na ignorância... O que acabo de te contar é uma metáfora e não mais do que isso... Tive medo que, se te falasse no caso real, com os verdadeiros protagonistas do meio mágico, tu começasses a dar desculpas esfarrapadas para os comportamentos pouco éticos, como já tens feito...

Afonso balbuciou, entre dentes:

- Não é bem isso... É que...

Serafim interrompeu-o e continuou:

- Ok... ok... Eu sei que, às vezes, só o fazes para me contrariares e me fazeres falar mais do que eu próprio quereria... Mas, voltando à vaca fria... A história verdadeira é a que te vou contar... No ano 2004 o Simon Aronson tinha, no seu website, para descarga gratuita, um PDF com o título “Memories Are Made of This – an Introduction to Memorized Deck Magic” e o Alexandre Figueiras colocou à venda no seu website "The Wonder Shop" esse mesmo livrinho... Ou seja, fez a descarga gratuita e imprimia o livrinho para vender por 15 dólares...

- É pá!... – exclamou Afonso – Isso é que é mesmo “chico-espertice”... Ou será oportunismo?... Se calhar é mesmo vigarice...

- De certeza que é uma tremenda falta de ética e de princípios – afirmou Serafim.

- Sem dúvida – anuiu Afonso pensativo.

Serafim, pareceu adivinhar o pensamento do amigo e comentou:

- Afonso, eu até sei o que estás a pensar...

Perante o olhar interrogativo de Afonso, Serafim continuou:

- Estás a pensar: "O Luís de Matos deve estar muito contente ao verificar que é gente deste jaez que sai a terreiro para "tomar as suas dores"...

Afonso permaneceu em silêncio e, de repente, como se uma súbita ideia lhe tivesse ocupado a mente, disparou:

- Pensando bem, tenho ideia que, na época, esse assunto foi denunciado pelo Jomaguy no fórum ILUSORIUM... Será para não ser reconhecido por esse comportamento que o Alexandre Figueiras mudou de “nome” para Alex D’Arcy?

Serafim ficou em silêncio. Há perguntas pertinentes que deixam qualquer um sem palavras.

[...]

Estava na hora de regressar a casa. Sem dúvida tinha que consultar o dicionário para esclarecer se existe a palavra “trilema”... É que eu estou perante o seguinte “trilema”: OPORTUNISTA, VIGARISTA ou “CHICO-ESPERTO”?



quinta-feira, maio 28, 2020

CANTAS BEM, MAS NÃO ME ENCANTAS....


Hoje fui, de novo, tomar o meu cimbalino ao Café Bom Dia. Até porque estava mesmo um bom dia e há que aproveitar em pleno o desconfinamento possível.
Quando lá cheguei, apenas uma mesa da esplanada estava ocupada.... Lendo atentamente o seu JN, lá estava o Afonso. Desta vez sem a companhia do Serafim. Ao passar perto (a mais de 2 metros, seguramente) da sua mesa, cumprimentei-o e trocamos algumas breves palavras de circunstância. Pareceu-me que Afonso queria conversa, mas não comigo. Normalíssimo. Ele gosta mesmo é de falar com o “seu” Serafim.
Sentei-me numa mesa um pouco afastada e pedi o meu cimbalino. No momento em que este foi colocado à minha frente e me preparava para o adoçar, sou “despertado” por um chamamento bem audível.
[...]
- Ó Serafim... Serafim... – bradava Afonso, dirigindo-se ao amigo que ia a atravessar o Jardim da Praça Velásquez (perdão, Francisco Sá Carneiro) – Anda cá tomar um cafezinho, que hoje pago eu!
Serafim olhou na direcção da voz que o chamava, identificou o amigo Afonso e respondeu:
- Não posso. Tenho que ir ali ao Pingo Doce comprar o que a minha mulher me encomendou.
Afonso insistiu:
- Será um café rápido... Anda cá... Até porque temos uma conversinha a pôr em dia.
Serafim não se fez rogado. Procurou a travessia de peões mais próxima para poder atravessar em segurança a faixa de rodagem e, passados breves instantes, estava a sentar-se na mesa ao lado da do amigo.
- Vais ter que ser uma conversa rápida, Afonso. – afirmou Serafim – A minha mulher pediu-me para ir comprar bacalhau e, tu sabes, com aquela inovadora receita de Bacalhau à Luís de Matos que, há dias, apareceu na net, o bacalhau é capaz de ter muita procura... e esgotar!
Afonso anuiu com um sorriso e  disse:
- Ora é precisamente do Luís de Matos que te queria falar. Tu viste aquele post bem simpático que ele colocou na sua página do Facebook a felicitar o Helder Guimarães por ter sido capa do LA Times Calendar com o espectáculo The Present... É bonito de se ver esta demonstração de respeito por...
Serafim não deixou o amigo continuar, interrompendo-o da seguinte maneira:
- Ó Afonso  tu deves estar a gozar com a minha cara!... Só pode!... Tal como o Luís de Matos, ao fazer esse post, deve estar a gozar com a cara do Helder Guimarães e de todos aqueles que sabem a falta de respeito (sim, Afonso, repito: FALTA DE RESPEITO...) que o Luís de Matos teve para com o Helder Guimarães ao COPIAR o conceito do espectáculo “The Present” e lançar o seu super-criativo “Luís de Matos ZOOM”... Respeito teria sido abordar previamente o Helder Guimarães e tentar encontrar um consenso que lhe permitisse fazer tal espectáculo dando o correspondente crédito ao Helder Guimarães.... Portanto, Afonso, não me venhas falar de respeito, que eu passo-me dos carretos ainda mais do que o Pedro Soá do BB2020!
Por momentos, um silêncio estranho ficou a pairar entre os dois amigos... Um pouco a medo, Afonso parecia tentar encontrar algo de positivo que pudesse dizer. Finalmente Afonso quebrou o silêncio e disse:
- Mas olha que o Luís de Matos nunca disse que a ideia era original...
Serafim voltou a interromper o amigo e respondeu-lhe:
- Pois nunca disse... Porque não poderia dizer... Mas deixa que essa ideia se implante na cabeça das pessoas.... Por exemplo... Quando o Peter Wardell (acerca do espectáculo “Luís de Matos ZOOM”) comenta “Ahead of the curve (again!) – beautifully done.” (sic), o Luís de Matos responde-lhe “Thank you my friend, you are very kind... hope you all are well...” (sic)  Achas que isto é ter respeito pelo colega de profissão Helder Guimarães?
Afonso foi incapaz de responder ao amigo. Há coisas que deixam qualquer um sem argumentação.  Passados alguns instantes,  Serafim continuou:
- E sabes uma coisa, Afonso? Aquele post do Luís de Matos é mesmo intragável... para não dizer coisa pior, pois estamos num local público. É mesmo desfaçatez vir referir que convidou o Helder Guimarães para um dos seus programas de televisão. Até parece querer implantar, subliminarmente, a ideia de que ajudou o Helder Guimarães na sólida carreira que vem construindo. Mas, na minha perspectiva, a realidade é bem diferente.... Ele convidou o Helder Guimarães em 1996 para o programa ILUSÕES COM LUÍS DE MATOS, mas não o convidou, em 2001, para o programa LUÍS DE MATOS AO VIVO, quando é fácil verificar que houve inúmeros mágicos que foram repetidamente convidados em diferentes séries de televisão do Luís de Matos. Porque seria, Afonso?
Afonso manteve-se em silêncio, abanando a cabeça para demonstrar a sua ignorância quanto à resposta solicitada. Serafim tomou fôlego e disse, com ar “sherlockiano”:
- Elementar, meu caro Afonso!... É que, em 1996, o Helder Guimarães tinha 13/14 anitos e não passava de um miúdo com jeitinho e que era giro levar ao programa e, em 2001, o Helder Guimarães tinha 18/19 anos e era um potencial concorrente em formação, tendo já, por exemplo obtido um prémio, em Cartomagia, em Málaga, no Congreso Mágico Espanhol de 1998. Aliás, o Luís de Matos, numa estratégia perfeitamente perceptível de “em terra de cegos quem tem um olho é rei” nunca “puxou” pela valorização dos mágicos portugueses.... “Puxou” sim pela valorização da magia como Arte com a vinda de inúmeros bons mágicos estrangeiros, ajudando a implantar a ideia de que ele, Luís de Matos, era o “oásis no deserto” da magia em Portugal. Claro que isto que agora te disse é o pensamento de muitos e muitos mágicos portugueses, mas por conveniência, medo ou mero “lambe-botismo” a maioria nunca será capaz de o assumir.
Afonso ficou silencioso, absorvendo as palavras do amigo e, após alguns segundos, atirou:
- Agora que falas dessa maneira lembro-me de uma vez  ele ter dito qualquer coisa do género: “em Portugal não há mágicos que façam este tipo de magia...”
Serafim interrompeu o amigo e disse:
- Sei muito bem a que te referes... Sabes, uma coisa?
E, sem esperar resposta do amigo, Serafim continuou:
- O Luís de Matos sempre teve “boa imprensa” em Portugal. Nunca lhe fazem perguntas difíceis... Mas, se não estou enganado, creio que foi no LISBOA MÁGICA 2006, uma jornalista fez-lhe uma pergunta difícil, a saber, “porque é que não havia mágicos portugueses no cartaz”... Acho que ele foi apanhado um pouco de surpresa, mas lá se desenrascou, afirmando que, em Portugal havia bons mágicos, mas que naquele tipo específico de magia (street magic / magia de rua) não havia especialistas... E ele até desejava que o festival servisse para fazer despertar praticantes para tal modalidade. Foi, naturalmente, uma resposta inteligente, mas a jornalista não tinha todo o “trabalho de casa” bem feito, pois, caso contrário, poderia confrontá-lo com os nomes de diversos mágicos estrangeiros (sem dúvida, excelentes) que ele já havia convidado para trabalharem em magia de rua e que não eram especialistas em tal modalidade. No ano seguinte (2007) ele convidou o Helder Guimarães para trabalhar no LISBOA MÁGICA, não por ser um especialista em tal modalidade, mas por ser CAMPEÃO DO MUNDO DE CARTOMAGIA (FISM 2006), logo um nome que não poderia ignorar...
Serafim, olhou para o relógio, soltou uma interjeição irreproduzível e disse:
- Afonso, tenho mesmo que ir... Para terminar só te digo uma coisa... Se tivesse conta no Facebook iria comentar o post do Luís de Matos com a seguinte frase: “CANTAS BEM, MAS NÃO ME ENCANTAS!”
[...]
Serafim afastou-se. Levei a chávena do cimbalino à boca... Estava frio e amargo... Há coisas que não consigo engolir... O café frio e amargo e certos posts no Facebook.


segunda-feira, maio 25, 2020

BACALHAU À LUÍS DE MATOS


Devo começar por dizer que já não encontrava estes dois amigos há algum tempo. O que não é para estranhar, pois o confinamento tem mantido todas as pessoas conscientes afastadas dos locais de convívio habitual.
Hoje, quando tomava o meu cimbalino na esplanada do Café Bom Dia, os timbres inconfundíveis das suas vozes captaram a minha atenção: em amena cavaqueira ali estavam eles, o Serafim e o Afonso.
E logo reparei que eles são zelosos cumpridores das regras de distanciamento social, pois ambos usavam máscara e ocupavam mesas distintas da esplanada. Dados estes condicionalismos a conversa decorria num tom de voz um pouco mais elevado, o que me permitiu perceber de imediato o teor da mesma. Decidi não os interromper. Haveria tempo de sobra para os ir cumprimentar... à distancia, claro!
[...]
- Pois, meu caro Afonso, eu sempre te disse que nunca achei que o Luís de Matos fosse muito criativo... – afirmou Serafim, pausadamente, como quem escolhe as melhores palavras para transmitir a ideia que lhe vai na mente – É um bom comunicador... Direi mesmo, um excelente comunicador, mas não tem, nem de perto nem de longe, a criatividade que lhe atribuem.
- Calma aí, Serafim – interrompeu Afonso – E então aquela fabulosa rotina do lencinho que muda de cor?
Serafim fez um breve pausa e respondeu:
- Claro que isso é criatividade, mas CRIATIVIDADE “DÉJÀ VU”... Ou será que tu não te lembras da rotina do Pepe Carroll?
- Ok...ok...ok... – atalhou, de imediato Afonso – Mas não me vais dizer que aquela forma estética de apresentação da “Tripla Fantasia” de costas para o público com as mãos e cartas sobre a cabeça não é um verdadeiro hino à criatividade artística... Olha que até se diz por aí nos “mentideros da magia” que o Luís de Matos esteve quase a meter uma acção em tribunal contra um mágico que apresentou aquela rotina com aquela estética...
- Está bem, Afonso, não te chateies... – respondeu Serafim – Quanto ao que se diz nos “mentideros” nada sei... Nem quero saber... Palpita-me que nesses tais “mentideros” que referes pode haver muitas manifestações de “lambe-botismo” que nada me interessam... Mas posso dizer-te que antes do Luís de Matos apresentar a “Tripla Fantasia” com aquela estética, já Juan Gabriel [Nota explicativa: mágico espanhol já falecido] o fazia. Portanto, mesmo considerando que o Juan Gabriel foi (pelo menos durante algum tempo) amigo do Luís de Matos e que, eventualmente, o tenha autorizado a usar tal estética de apresentação, só consigo encontrar aqui, mais uma vez, CRIATIVIDADE “DÉJÀ VU”...
Durante alguns instantes, Afonso ficou em silêncio. Parecia que o seu amigo Serafim encontrava sempre argumentos para o contrariar. Mas, intimamente, tinha que lhe dar razão pois os argumentos eram claros e inequívocos. Mas Afonso não gostava de deixar o seu amigo com a última palavra. E, de repente, lembrou-se de algo inovador que vira na página Facebook do Luís de Matos. Sem mais delongas, Afonso atirou:
- Meu caro Serafim, nesta é que não vais poder contrariar-me... Nestes tempos em que não há espectáculos, o Luís de Matos criou um conceito novo...
Sem deixar o seu amigo terminar, Serafim atalhou:
- Já sei.. Estás a falar do Luís de Matos Drive-In...
- Não... Não é isso. – ripostou Afonso – No caso do Drive-In, eu próprio acho que não houve grande criatividade. No fundo foi transformar um “cinema” num “teatro”... Acho que ninguém achará isso extremamente criativo... Estava a referir-me ao conceito do “Luís de Matos ZOOM” que ele divulgou no passado dia 21 de Maio...
Serafim não se conteve e interrompeu o seu amigo com uma sonora gargalhada:
- Ahahahahahahahahahahahahahahahahahahah....
Dois casais que estavam na esplanada não conseguiriam evitar um torcer de pescoço para olharem na direcção de quem se ria daquela forma tão genuína. A custo Serafim conteve a vontade de continuar a rir-se e, virando-se para Afonso, disse:
- Meu caro Afonso, tu deves mesmo andar na Lua... Ou então a tua cegueira em considerares o Luís de Matos o supra-sumo da magia portuguesa leva-te a não enxergares o que está mesmo à frente dos teus olhos... O Luís de Matos limitou-se a copiar (e, sublinho, COPIAR, para que tu, Afonso, fixes bem a ideia...) o conceito do novo espectáculo do Helder Guimarães, The Present, que está fazer sucesso nos Estados Unidos, o qual foi anunciado publicamente no dia 22 de Abril... Por isso, Afonso, não me venhas com mais tretas de criatividade dessa... Isso é o que eu designo por criatividade à moda do Luís de Matos, ou seja, CRIATIVIDADE “DÉJÀ VU”.
Um longo silêncio seguiu-se a esta conclusão.
[...]
Aproveitei para me levantar, pois eram horas de regressar a casa. Passei perto das mesas onde estavam Serafim e Afonso, aproveitando para os cumprimentar à distância regulamentar. Depois de uma breve conversa de circunstância dirigi-me a casa onde me esperava um Bacalhau à Luís de Matos... Já sei... Querem que vos diga a receita... É muito simples... É Bacalhau à Gomes de Sá feito com CRIATIVIDADE “DÉJÀ VU”.

sábado, maio 23, 2020

Descubra as diferenças...


Um passatempo divertido e muito comum em jornais e revistas é... "Descubra as diferenças". Hoje lembrei-me de vos propôr um desafio desse estilo, com temática mágica.

Das duas fotos seguintes, uma é original e a outra é cópia. Adivinhem qual é a cópia.



domingo, maio 17, 2020

THE PRESENT - Crítica do LA Times


Esta é a crítica ao mais recente espectáculo de Helder Guimarães. 

A capacidade criativa do único mágico português com o título de Campeão Mundial de Magia levou-o a reinventar-se e a criar mais um espectáculo de sucesso 

(Nota: o bilhetes para a temporada inicial esgotaram em menos de uma hora e a temporada já teve dois prolongamentos).


sábado, maio 09, 2020

Faleceu ROY HORN


Vitimado pela COVID-19 faleceu Roy Horn da célebre dupla de mágicos Siegfried and Roy, que, durante décadas, foram super-estrelas do mundo do espectáculo em Las Vegas. Paz à sua alma.

A melhor maneira de o homenagear será assistir a uma das primeiras aparições da dupla no pequeno ecrã. 


sexta-feira, maio 08, 2020

CONDE D'AGUILAR


Mais um "tesourinho" que descobri nos Arquivos da RTP. 

Neste video (a partir do minutos 19:46) pode ser vista um breve entrevista (intercalada com excertos de actuação)  realizada a Conde d'Aguilar que, em meados do Século XX era o ilusionista português mais conhecido. 

Aos minutos 4:13 e 4:40 podem ser vistos os posters com que se anunciava a sua presença no elenco do Circo Americano.


quarta-feira, abril 29, 2020

THE PRESENT esgotou... antes de estrear!


Esgotado (antes de estrear...) no primeiro dia em que os bilhetes foram postos à venda!


terça-feira, abril 28, 2020

THE PRESENT



Momentos do passado que suportam THE PRESENT.

segunda-feira, abril 27, 2020

ILUSIONISTA PORTUGUÊS HELDER GUIMARÃES CRIA ESPETÁCULO VIRTUAL E INTERATIVO EM LA

 

Este é o título da notícia da Lusa publicada ontem no website da RTP e que pode ser vista aqui. Seguidamente reproduzo, com a devida vénia, o respectivo conteúdo.

Ilusionista português Helder Guimarães cria espetáculo virtual e interativo em LA

por Lusa

O ilusionista português Helder Guimarães vai lançar, a 7 de maio, o seu novo espetáculo "The Present", criado para a Geffen Playhouse, em Los Angeles, num formato `online`, ao vivo a partir da sua casa.

Com duração de 45 a 50 minutos e limite de 25 bilhetes por sessão, "The Present" combina elementos de peça de teatro com espetáculo de magia, em que Helder Guimarães conta histórias e interage com a audiência através de uma plataforma `online` segura.

"O objetivo era desafiar a ideia de que tínhamos de estar no mesmo espaço para partilhar a sensação [de um espetáculo de magia]", disse à Lusa o mágico português. "Vai haver um cuidado estético, luz, som, todos os elementos que fazem parte de uma peça de teatro estão a ser trabalhados da mesma forma, mas num ambiente alternativo".

A Geffen Playhouse, que albergou o espetáculo anterior de Helder Guimarães, "Invisible Tango", tem em funcionamento a iniciativa Geffen Stayhouse para manter a conexão entre os artistas e o público durante o confinamento provocado pela pandemia de covid-19.

Esta é a primeira produção de longa duração do formato e o calendário inicial prevê oito sessões semanais durante um mês.

A intenção, porém, é alargar o conceito a audiências internacionais e com isso estender o tempo em que o espetáculo estará em cena. Tal não acontece para já por questões logísticas, uma vez que "The Present" não é apenas um evento `online`: cada pessoa que comprar bilhete vai receber um pacote mistério pelo correio para abrir na hora do espetáculo.

"Há outros elementos que não é só o que se está a ver no ecrã e não só o facto de se poderem conectar", explicou o ilusionista. "Estamos a trabalhar para fazer isto noutros horários e para outras zonas do mundo".

A realização está a cargo de Frank Marshall, um peso-pesado de Hollywood com várias nomeações aos Óscares no currículo, e o cenário tem a mão de François-Pierre Couture, com dramaturgia de Amy Levinson.

A inspiração para o espetáculo veio de um momento importante na infância de Helder Guimarães, depois de ser atropelado aos 11 anos. "Tive um ataque epilético assim que sofri o acidente e nessa altura tive de ficar em casa durante um mês, até fazer testes e eles perceberem que eu não tinha consequências a nível definitivo".

Esse mês de quarentena marcou-o e foi com essa experiência em mente que escreveu "The Present", um espetáculo que "tem a mesma dinâmica que uma peça de teatro, é uma história e há magia pelo meio".

Os bilhetes serão postos à venda na próxima semana, por 60 dólares cada, e a Geffen Playhouse já tem "muitas pessoas interessadas em comprar", incluindo empresas e grupos que querem vivenciar o espetáculo juntos - de forma virtual.

Depois do lançamento, será averiguado o alargamento internacional e a marcação de mais datas. "Há uma grande possibilidade de isto ser estendido durante algum tempo, até porque a oportunidade de ver espectáculos ao vivo neste momento não existe", frisou o ilusionista. "Ainda não há uma ideia clara de como isso vai acontecer, mesmo quando as restrições forem levantadas. As pessoas não se vão poder sentar lado a lado nem em filas consecutivas", avisou.

Considerando que a Geffen está a ser "pioneira" com este projeto, Helder Guimarães acredita que mais artistas vão "pensar em produções que faça sentido fazer num formato `online`".

O ilusionista vai mesmo participar numa teleconferência com outras pessoas ligadas ao teatro, em Los Angeles, para debaterem o futuro desta arte. "Sinto que, possivelmente, os próximos tempos vão ser de reinvenção do próprio teatro", afirmou.

"Não que depois não voltemos às salas e a querer estar frente-a-frente com as pessoas. É o que me faz levantar de manhã, criar coisas para poder partilhar ao vivo", ressalvou. "Os `performers` ao vivo vão pensar nisso e tentar reinventar-se, cada um na sua forma".

O formato `online` que preparou "é muito interativo", com todos os elementos do público a verem-se uns aos outros e a assistirem às interações de Helder Guimarães com alguns deles. "São 25 pessoas por espectáculo e todas elas vão participar de uma forma ou de outra, vão tomar decisões diretas no espetáculo", referiu. "É importante que seja um grupo pequeno para permitir que toda a gente tenha essa sensação".

"The Present" marca o regresso do mágico, depois da suspensão dos projetos em que estava a trabalhar, por causa da pandemia, e depois da aclamação da crítica e do público no ano passado pelo espetáculo "Invisible Tango".

ARYG // MAG

Lusa/Fim

quarta-feira, abril 22, 2020

THE PRESENT


"THE PRESENT" é o novo espectáculo (virtual) de Helder Guimaraes que estreia brevemente no âmbito da iniciativa GEFFEN STAYHOUSE.




segunda-feira, abril 20, 2020

Um tributo a SLYDINI... com piada.

 

Um engraçado tributo a SLYDINI pode ser visto neste post do Facebook.


quinta-feira, março 19, 2020

FALECEU FERNANDO COIMBRA “JOFERK”


A notícia apareceu-me de chofre num post partilhado no Facebook: faleceu José Fernando Coimbra... Nunca ninguém está preparado para a partida de um amigo com quem se partilhou tantos e tantos momentos mágicos!

Na minha opinião, o Coimbra foi o ilusionista nortenho de mais relevo da sua geração. O seu “savoir-faire” e o seu talento inato para a magia mereceram, sempre, uma quase unanimidade elogiosa por parte dos seus confrades mágicos de norte a sul do país. E a sua vontade de ajudar os “aspirantes a mágicos” que apareciam foi, sempre, inexcedível. Por vezes prejudicava-se a si próprio para ajudar os outros. Grande HOMEM... Mais ainda do que grande MÁGICO!

E o Coimbra nunca reivindicava para si próprio os louros das iniciativas que liderava ou das ideias que lançava para outros brilharem. O Coimbra pode mesmo ser considerado primeiro responsável por haver, em toda a história da FISM, um Campeão Mundial de Magia de nacionalidade portuguesa. De facto, se o Coimbra não me tivesse incutido o gosto pela magia de proximidade, nomeadamente pelos truques com cartas, eu nunca teria podido transmitir tal gosto ao meu filho. Seguidamente transcrevo alguns excertos do meu livrinho “25 ANOS MAGICANDO...”, nos quais é possível ter uma noção da importância que sempre atribuí ao MESTRE JOFERK.

[...]

Creio que não falhei a presença num único desses espectáculos [Pica-Pau], [...]. Foi, nesse programa, que adoptei o meu primeiro ídolo no âmbito do Ilusionismo. Adivinham de quem se tratava? Se responderam JOFERK, acertaram.

[...]

Esse espectáculo que, inicialmente, estava previsto ser integrado, apenas, por artistas amadores principiantes, acabou por registar a presença de vários artistas consagrados, entre os quais aquele ilusionista que era o meu ídolo: JOFERK. Imaginem os sentimentos contraditórios que então me assaltaram: por um lado o júbilo de ir conhecer, pessoalmente, aquele mágico que considerava como modelo de referência e por outro lado o receio de ver a minha actuação menos apreciada ao estar sujeita a comparação com tão excelente ilusionista.

[...]

Como era habitual no final de tal tipo de espectáculo houve um convívio entre os artistas intervenientes e foi aí que me apaixonei pelo... close-up. Foi decididamente um caso de amor à primeira vista fruto de uma impecável exibição informal de JOFERK, de que ainda recordo o “Chop Cup” e a “Carta Polaroid”. O que aí presenciei em cartomagia nada tinha a ver com os enfadonhos truques de cartas que, até essa altura, se haviam cruzado comigo nas minhas leituras mágicas. Também o JOFERK me convidou a aparecer no CIF, depois de passar o Verão.

[...]

A partir do último trimestre de 1972, sempre que os estudos permitiam, aparecia nos Fenianos e na respectiva filial de Mouzinho da Silveira: A Fogueira das Meias. Atravessei uma fase de descoberta do Ilusionismo e aprendizagem constante em que o contributo do Coimbra foi, como sempre reconheci, fundamental.

[...]

A partir de hoje, com a partida do Coimbra, a Magia portuguesa fica, irremediavelmente, mais pobre.

PAZ À SUA ALMA.


TESTE OS SEUS CONHECIMENTOS MÁGICOS


Vivemos hoje numa época em que a informação que nos invade é em tão grande quantidade que temos, por vezes, dificuldade em separar a que deve ser retida daquela que é supérflua.

Entretanto, com o isolamento social que estamos “obrigados”, sobra-nos tempo suficiente para testar os nossos conhecimentos e a nossa capacidade de retenção da informação a que temos acesso. É essa a proposta que hoje aqui trago, suportada num teste que elaborei, exclusivamente, com informações obtidas em jornais e revistas de ampla divulgação. Faço votos que se divirtam na respectiva resolução.

TABELA PARA CLASSIFICAÇÃO

- Com 13 a 16 RESPOSTAS CERTAS

A sua capacidade de retenção ultrapassa os limites do razoável. Pode ter problemas por reter informação que não lhe serve para nada. Tenha muito cuidado.

- Com 9 a 12 RESPOSTAS CERTAS

A sua memória apresenta pouca selectividade na escolha da informação a reter. Deverá esforçar-se em aumentar a sua capacidade de filtragem da informação que lhe chega.

- Com 5 a 8 RESPOSTAS CERTAS

Demonstra já uma elevada preocupação na selecção da informação que lhe é útil. No entanto por vezes é traído pelo seu lado coscuvilheiro. Deve precaver-se.

- Com 0 a 4 RESPOSTAS CERTAS

Parabéns. Está no caminho certo. É suficientemente selectivo na memorização de informação que lhe é proporcionada. Não se descuide.

Daqui a alguns dias (de certeza antes de terminarmos esta fase de isolamento social), deixarei a listagem das respostas certas, para satisfação da vossa curiosidade. Depois poderão avaliar o vosso grau de retenção de informação, de acordo com as respostas certas dadas.

Votos de boa saúde, mantenham-se em casa e passemos ao teste.

TESTE

1. Identifique o ilusionista que disse o seguinte: “A gente nova começa a interessar-se pela magia. Aderem facilmente e procuram aprender rapidamente as coisas que eu e os meus colegas, mais velhos que eles, temos para lhes ensinar.”

a) Cardinal

b) Joferk

c) Savil

d) Saiur

2. Identifique o ilusionista que disse o seguinte: “Queremos fazer dessas jornadas momentos inesquecíveis de fascínio, envolver o público nos fluidos de sortilégio e sedução que são a regra de ouro da tantas vezes maltratada mas sempre lídima arte ilusionista.”

a) Joy

b) Fred Allen

c) Rovit

d) Martorelly

3. Identifique o ilusionista que disse o seguinte: “O importante é saber-se dominar o público, ser-se rápido e estar-se à vontade.”

a) D. Aguinaldo

b) Conde de Aguilar

c) O Grande Zény

d) Mr. Feller

4. Identifique o ilusionista que disse o seguinte: “O meu sonho é fazer desaparecer do palco um elefante.”

a) Damião

b) Jodivil

c) Anork

d) Atsoc

5. Identifique o ilusionista que disse o seguinte: “Há no meu trabalho ciência, muitos anos de estudo de psicologia, mas aliada à arte. Só destes dois elementos é que sai o espectáculo, que é fruto de vinte e cinco anos de trabalho.“

a) Cardinal

b) Prof. Karma

c) Dr. Cardoso

d) Prof. Herrero

6. Identifique o ilusionista que disse o seguinte: ”Nós não inventamos nada, os números compram-se e depois o que é preciso é muita destreza e gosto. Há tipos que têm óptimos aparatos e nunca conseguem fazer nada de jeito...”

a) San Martiny

b) Ferkar

c) O Grande Zény

d) Maury

7. Identifique o ilusionista que disse o seguinte: “Eu olhava mais à parte do espectáculo do que propriamente à técnica porque nunca fui um artista de muita técnica, porque o meu género era cómico. A magia cómica não se presta muito a técnica. Um manipulador é mais mágico que um indivíduo de magia cómica.”

a) Mr. Lapin

b) Manolo

c) Great Herby

d) Prof. Virgolino

8. Identifique o ilusionista que disse o seguinte: “Como tenho dito repetidamente, nada é feito com truques de câmaras.”

a) David Copperfield

b) Paul Daniels

c) Siegfried (and Roy)

d) Luís de Matos

9. Identifique o ilusionista que disse o seguinte: “Penso que se tivesse milhares de contos, como ele [David Copperfield], faria proezas semelhantes, como fazer desaparecer o Castelo de S. Jorge ou a Estátua do Rossio!”

a) Serip

b) Damião

c) Luís de Matos

d) Anork

10. Identifique o ilusionista que tem um cachet de 1200 contos em época baixa.

a) Maik Magic

b) Luís de Matos

c) Serge & Faty

d) Aquiles e Hortense

11. Identifique o ilusionista que disse o seguinte: “Não tenho tempo para ter namoradas.”

a) Luís de Matos

b) Helder

c) Ricardo

d) Damião

12. Identifique o ilusionista que disse o seguinte: “As pessoas mudam de canal assim que lhes aparece um programa de magia porque a associam à imagem de um senhor vestido de preto e asa-de-grilo que faz aparecer caixas e lencinhos e se calhar faz aparecer quatro lenços de um sítio onde cabia perfeitamente um elefante.”

a) Luís de Matos

b) Joferk

c) Fred Allen

d) Mr. Lapin

13. Identifique o ilusionista que disse o seguinte: “Navego no reino da espontaneidade, do imprevisto e, tudo quanto acontece no espectáculo é fruto da criatividade do momento.”

a) Jeff McBride

b) Paul Daniels

c) Manolo

d) Juan Tamariz

14. Identifique o ilusionista que disse o seguinte: “Sou capaz de fazer desaparecer um ‘Jumbo’ da TAP.”

a) Jodivil

b) Anork

c) Rovit

d) Hortiny

15. Identifique o ilusionista que disse o seguinte: “Pode ser-se muito rápido, muito hábil, muito esperto, mas se não se for inteligente, não se pode ser um bom ilusionista.”

a) Mr. Lapin

b) Rovit

c) Joferk

d) Salguery

16. Identifique o ilusionista que disse o seguinte: “A magia sempre me maravilhou, mas sempre a entendi como algo mais do que o simples fazer saltar de um chapéu meia dúzia de coelhos ou transformar um lenço numa pomba.”

a) David Copperfield

b) Pedro Lacerda

c) Luís de Matos

d) Paul Daniels



segunda-feira, março 16, 2020

Uma mensagem mágica

 

Helder Guimarães gravou uma mensagem mágica em tempos de pandemia. Ela pode ser vista aqui.