sábado, julho 01, 2006

UMA CORRECÇÃO HISTÓRICA


Reprodução do artigo publicado na revista MAGICAMENTE (API) de Junho 2006.


CORRECÇÃO HISTÓRICA

Por Jomaguy


“Se, inquiridos a citar o nome do ilusionista português mais categorizado de todos os tempos, os mágicos nacionais apontariam, decerto, para David de Castro” (sic). Foi precisamente com este parágrafo que o saudoso Eng. Camacho Barriga (Jónio) iniciou o artigo sobre David de Castro publicado na revista 4 ASES de Setembro de 1976. Sendo perfeitamente legítimo que muitos mágicos possam discordar do conteúdo de tal asserção, julgo que será consensual a ideia de que David de Castro tem direito a um lugar de grande destaque na história do Ilusionismo português. Por isso julgo apropriado aproveitar a revista que a A.P.I., em boa hora, decidiu publicar para corrigir um erro existente nos escritos de Jónio sobre David de Castro.

No já citado artigo da revista 4 ASES diz-se: “Ao falecer, em data que desconhecemos, [David de Castro] deixou um filho que já morreu, sem deixar descendência” (sic). Mais tarde, no seu DICIONÁRIO DO ILUSIONISMO EM PORTUGAL, publicado em 1978, Jónio aborda esta matéria da seguinte forma: [David de Castro] Casou-se em 1860, com Silvina da Glória Pinto da Fonseca Rangel, de quem teve um filho, Arnaldo Augusto Borges de Alvim Morais e Castro (1871-1912) que, por sua vez, deixou um único descendente, casado e sem filhos, funcionário superior da Mesiricórdia do Porto. Chamava-se Américo Deolindo Borges de Alvim Morais e Castro e parece não se ter entusiasmado pelo ilusionismo.” (sic)

Nota-se que, na abordagem feita no DICIONÁRIO DO ILUSIONISMO EM PORTUGAL, há uma rectificação relativamente ao conteúdo do artigo publicado em 4 ASES ao reconhecer-se que o filho único de David de Castro afinal tinha tido “um filho”, o qual morrera sem deixar descendentes. Esta nova informação está mais próxima da realidade. No entanto continua imperfeita, pois o filho de David de Castro, além do citado filho Américo Deolindo, teve também duas filhas, Maria Augusta e Maria Isabel, ambas com descendência. Esta informação (que me parece ser totalmente fidedigna) foi recolhida no roteiro da exposição “OS CARRANCAS E O SEU PALÁCIO” (realizada no Museu Nacional de Soares dos Reis em 1984), publicado pelo Ministério da Cultura – Instituto Português do Património Cultural. É precisamente desta publicação que se reproduz, com a devida vénia, a árvore genealógica relativa a David de Castro, a partir de sua mãe, D. Carlota Rita Borges de Alvim Moraes e Castro, Baronesa de Nevogilde.

Na supracitada exposição estiveram incluídos diversos objectos pertencentes a David de Castro, gentilmente cedidos pelos seus descendentes. Para terminar, reproduzo o texto sobre David de Castro que foi incluído no roteiro da exposição.

“David Augusto de Moraes e Castro é uma curiosa e interessante personalidade característica do «microcosmo romântico» do Porto de Camilo e das tertúlias literárias da época.

Na casa da Rua da Fábrica mostra o seu «museu de armas onde guardava religiosamente aquela bala que entrara um dia pelo quarto do Palácio dos Carrancas em que dormia D. Pedro IV, despedaçando-lhe a cabeceira do leito.

Aí lhe construirá sua mãe o teatro Minerva, para seu entretenimento e dos seus amigos, onde serão frequentes as récitas de amadores de teatro, de poesia e certamente de ilusionismo, matéria que tanto atraía este artista, escritor e poeta, «carácter nobre e cavalheiro muito tratável» no dizer de Pinho Leal.” (sic)


sexta-feira, abril 07, 2006

Escola de magia

 

Através da notícia publicada no "Correio do Vouga" tomei conhecimento que vai ser criada uma Escola Nacional de Magia de Portugal, cujo curso integrará 27 temas curriculares e que terá como primeiro formador o professor Vasco Esperança.

Com os meus votos de amplo sucesso para a iniciativa, seguidamente reproduzo a notícia completa.