terça-feira, setembro 30, 2003

MAGICVALONGO 2003 - MAIS VALE TARDE QUE NUNCA…


Pois é mesmo assim, como diz o povo na sua infinita sabedoria... MAIS VALE TARDE QUE NUNCA

Por isso, nesta primeira apreciação a factos do MAGICVALONGO 2003 não posso deixar de fazer referência a dois aspectos MUITO POSITIVOS que registei no evento e que faço questão de realçar neste meu blog

A primeira situação mostra que a Comissão Organizadora do MAGICVALONGO está empenhada em credibilizar o respectivo concurso. E essa credibilização passava obviamente pelo afastamento de membro do Júri do autor de A SENA DOS 4 TRISTES, cujos plágios desmascarei, oportunamente, perante a comunidade mágica portuguesa. Não tenho a veleidade de pensar que foram as minhas palavras que os sensibilizaram em tal matéria pois sei que há pessoas que preferem as MENTIRAS de outros em detrimento das VERDADES ditas por mim. Mas claro que não poderiam fazer "orelhas moucas" quando as MESMAS VERDADES que eu dissera foram repetidas por outras pessoas mais credíveis... 

A segunda situação tem a ver com um cartaz que dava destaque, em exclusivo, aos mágicos portugueses presentes no evento como convidados. Depois de, em anos anteriores, ter criticado o pouco (em alguns casos nenhum...) destaque que era dado à presença dos ilusionistas portugueses convidados, apraz-me registar esta alteração de atitude. Também neste caso, não tenho a veleidade de pensar que as minhas palavras tenham sido escutadas... mas, tal como diz o povo na sua infinita sabedoria, ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA TANTO BATE ATÉ QUE FURA.


quarta-feira, setembro 24, 2003

ENCONTROS MÁGICOS COIMBRA 2003


No passado sábado fui até à Capital Mundial (quiçá mesmo Europeia…) da Magia. Por outras palavras, fui a Coimbra onde tive oportunidade de assistir a um dos momentos de MAGIA DE RUA e à GALA INTERNACIONAL no TAGV. 

O programa geral dos ENCONTROS MÁGICOS COIMBRA 2003 tinha como subtítulos 7º FESTIVAL INTERNACIONAL DE MAGIA DE COIMBRA e 2ª MOSTRA EUROPEIA DE MAGIA SUB-21. Não sendo o programa transparente quanto ao que é o quê no conjunto da programação, não se percebe muito bem a necessidade de atribuir 3 designações diferentes. 

Mas há quem diga (algumas más-línguas, concerteza…) que a designação de festival internacional serve apenas para desmentir a Câmara Municipal de Valongo quando anuncia (ver http://www.cmvalongo.net/cultura.htm) o MagicValongo como “Único Festival Internacional de Ilusionismo existente em Portugal” (sic). E também há quem diga que a MOSTRA EUROPEIA DE MAGIA SUB-21 não é nada. E eu concordo, pois NADA vi que possa ser designado como tal… 

No que se refere a MAGIA DE RUA vi actuar JJ (como apresentador) Rafael Benatar, Mark Mitton, Javier Benitez, Malakatin e Flikto. Peter Wardell, embora estivesse anunciado no programa, não compareceu. Porquê? Não sei porque tal não foi esclarecido aos presentes… Apesar de ser um espectáculo de rua, onde ninguém paga bilhete, se há um programa que é divulgado, tal deveria ser cumprido à risca, penso eu de que… 

JJ apresentou pouca magia, embora se perceba que sabe estar na rua; no entanto está sempre limitado por estar a trabalhar para um público que, maioritariamente, não entende inglês. 

Mark Mitton dançou muito (e mal, na minha opinião…) e fez pouca magia; algumas “palhaçadas” foram bem recebidas pelo público. 

Rafael Benatar e Javier Benitez são bons mágicos de close-up mas a rua não é o seu ambiente natural, pelo que as respectivas actuações se ressentiram de tal facto. 

Malakatin foi, quanto a mim, o que esteve melhor de todos, pelo ritmo e pela relação estabelecida com o público presente. 

Por fim, Flikto apresentou uma boa ideia para animação mágica de rua, mas o “recheio” de truques utilizado não foi, a meu ver, o mais indicado; também pecou por ser uma actuação demasiado longa. 

Na GRANDE GALA INTERNACIONAL, realizada no TAGV, estavam previstos os seguintes actuantes: Aaron, Kevin James, Laurent Beretta, Magic Wave, Mark Mitton e Peter Wardell e Merche Romero (apresentadora). Além destes também teve um pequena intervenção Topper Martyn, a qual aconteceu no âmbito da homenagem que os Encontros Mágicos lhe tributavam. 

Comparada com Galas de anteriores Encontros Mágicos esta deixou muito a desejar, a começar por Merche Romero. Alto aí! Não se trata desse “desejar” que certas mentes libidinosas estão a pensar… Acontece que Merche Romero não tem presença nem arcaboiço para apresentar uma gala ao vivo. Não basta ter uma carinha laroca e um corpinho “danone” para se ser apresentadora. Este erro é tanto mais grave quanto é verdade que, há 2 anos atrás, aconteceu algo de muito semelhante com Elsa Raposo. Não se entende a repetição dum erro fulcral quando se sabe a importância que uma boa apresentação tem no êxito final de uma gala. E, por falar em final, também não percebi como é escolhido o número de escapismo de Mark Mitton para fechar a gala. Um número de escapismo em que não há qualquer controle das correntes, dos aloquetes, do bidão,… enfim, de nada, não deveria ter lugar na gala. 

Também me pareceu um erro a intervenção mágica de Topper Martyn. Teria sido preferível levantar-se do lugar, ouvir uma salva de palmas e voltar a sentar-se. 

Para terminar a referência aos pontos negativos (na minha opinião) achei demasiado longo o slide show com que se iniciou a gala. Tal foi notório pelo facto de ter sido exibida 2 vezes a mesma sequência de slides

Mas a gala também teve bons momentos. Refiro-me às actuações de Peter Wardell e Kevin James. Relativamente a Peter Wardell, sendo um mágico de rua (que, infelizmente, não tive oportunidade de ver no seu ambiente natural, conforme já referi) encheu o TAGV com a sua magia com covilhetes. Quanto a Kevin James apresentou com mestria algumas das suas criações e deu espaço para o seu ajudante anão brilhar como mimo/clown. Embora esta intervenção, por demasiado brejeira, pudesse ser mal recebida, acho que tal não aconteceu. 

Os restantes actuantes estiveram no nível esperado (goste-se ou não do respectivo estilo) e, a meu ver, não foram as respectivas intervenções que "desvalorizaram" a gala. 

Conclusão: com uma bom apresentador (em vez de uma apresentadora boa…) e um bom número para fechar a gala eu teria saído, no final, com um impressão muito mais positiva. Mas eu é que devo ser muito exigente… pois o público presente tributou um demorada ovação de pé no final da gala, respondendo adequadamente à música estimuladora de tal atitude… Portanto, tudo está bem quando acaba assim. Ou não será?


quarta-feira, setembro 17, 2003

"CAPITALISMO" MÁGICO


Podemos ser um país pequeno, mas não nos faltam CAPITAIS! Calma, Srª Ministra das Finanças, não me refiro a esses capitais… Refiro-me a... CAPITAIS MÁGICAS!!! 

Pois é… 

Em 2000 realizou-se em Lisboa o Congresso Mundial da FISM (Federação Internacional das Sociedades Mágicas), que reuniu mais de 2000 mágicos participantes, pelo que, com alguma propriedade (penso eu de que...), se poderia referir Lisboa como Capital Mundial da Magia

Em 2001 o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Valongo achou que o concelho de Valongo não podia ficar atrás de Lisboa e (...abracadabra...) toca de apelidar Valongo como Capital Mundial da Magia, devido à realização do MagicValongo, um evento que reúne aproximadamente uma centena e meia de mágicos participantes. 

Em 2002, por ocasião de mais um MagicValongo, tivemos de novo, o concelho de Valongo como Capital da Magia, dessa vez sem usar o adjectivo “mundial” ou qualquer outro que delimitasse o “território” afecto à “soberania” de tal capital… Em último caso ninguém poderia contestar que Valongo fosse considerada a Capital Concelhia da Magia… 

Neste momento estão a decorrer os Encontros Mágicos de Coimbra que, segundo o Jornal de Notícias, contam com a presença de cerca de “uma dúzia mágicos provenientes de sete países” (sic). Luís de Matos esteve presente, no passado Domingo, na qualidade de organizador de tais Encontros, no programa “DOMINGO É DOMINGO” da RTP1 e referiu-se a Coimbra como Capital Mundial da Magia. No dia seguinte no Jornal de Notícias o mesmo evento foi “despromovido” para Capital Europeia da Magia… 

Na próxima semana teremos mais um MagicValongo. Será novamente Capital da Magia? Mundial? Europeia? Portuguesa? Distrital? Aceitam-se palpites. 

No meio de tanto “capitalismo” parece haver muita falta de ambição, pois ainda ninguém achou apropriado designar um evento como CAPITAL INTERGALÁCTICA DA MAGIA. E com esta falta de ambição continuaremos a ser um país pequenino…


quinta-feira, setembro 11, 2003

ENCICLOPÉDIA MÁGICA


Afinal a ficha nº 60 da Enciclopédia Mágica, apesar de ser apenas intitulada JOLSON E AGUILLAR, também dedica duas linhas a MARTINS OLIVEIRA. 

É pouco (muito pouco, mesmo!), mas aqui fica a devida ressalva relativamente ao meu anterior post sobre esta matéria.


quarta-feira, setembro 10, 2003

A MAGIA PORTUGUESA DE VENTO EM POPA


Portugal pode orgulhar-se de também já ter o seu mágico... perdão, hipótese de mágico mascarado. 

Somos portanto o segundo país (logo a seguir aos E.U.A.) a estar na vanguarda da construção da "MAGIA" do futuro... Mas como somos um país pequenino o nosso "mágico mascarado" é mais fraquito e... DE MAGIA NÃO PERCEBE PATAVINA. Só sabe escrever e-mails anónimos... 

Portanto... se calhar não lhe deveremos chamar "mágico mascarado"... Talvez seja mais apropriado chamar-lhe... ENERGÚMENO MASCARADO.


segunda-feira, setembro 08, 2003

FUTURO RISONHO


Um futuro risonho é o que se pode augurar para a MAGIA portuguesa face a alguns indícios prometedores. Vou apenas citar dois desses indícios que detectei recentemente. 

Aqui vai o primeiro. Em alguma publicidade (de página inteira) com que o Jornal de Notícias promove a sua iniciativa ENCICLOPÉDIA MÁGICA pode ler-se: 

«Num passe de mágica Luís de Matos transforma-o numa estrela». 

E depois do primeiro, vem o segundo (Tudo perfeitamente normal como diria o Gonçalo...). Na rubrica "do director" da FOLHA MÁGICA do C.I.F. de Agosto 2003 pode ler-se: 

«Adicionando a estes pressupostos a devida TOLERÂNCIA, todos juntos imbuídos deste espírito, guindaremos o C.I.F. e os seus ilusionistas aos patamares mais altos da magia». 

A conjugação destes dois indicadores deixa dúvidas a alguém? A mim, NÃO!

domingo, setembro 07, 2003

ENCICLOPÉDIA MÁGICA


Com concepção global, direcção e redacção de LUÍ­S DE MATOS e edição do JORNAL DE NOTÍCIAS foi lançada a ENCICLOPÉDIA MÁGICA. É naturalmente uma iniciativa de aplaudir com ambas as mãos, pois pode ser uma semente da qual resulte o germinar de uma nova geração de mágicos em Portugal. Mas, como costuma dizer-se... não há bela sem senão. E este também é o caso. 

Obviamente que não estou a referir-me à inclusão de um certo truque em detrimento da publicação de um qualquer outro. Sendo tal escolha fruto de um critério pessoal, não é de admirar que um outro mágico tomasse diferentes opções. Mas no que diz respeito a opções de material publicado há algo que entendo dever criticar. Trata-se da pouca relevância dada aos mágicos portugueses do passado. No conjunto das 20 fichas da secção ILUSÕES COM HISTÓRIA apenas há referência a 2 mágicos portugueses... e mesmo assim tiveram que dividir protagonismo, pois foram abordados ambos na mesma ficha. Sendo esta obra publicada em Portugal e, obviamente, destinada ao mercado português, considero que a opção tomada nesta matéria é má. Em função dos livros que publicaram nomes como DAVID CASTRO e MARTINS OLIVEIRA não mereceriam ter sido dados a conhecer? 

Logo no início da obra, na página intitulada APRENDER MAIS se nota uma lacuna importante: não referenciar o CLUBE ILUSIONISTA FENIANOS. A não ser que, face ao conturbado momento que o CIF atravessa, se entenda não dever encaminhar novos praticantes para o mesmo... 

Por último não posso deixar de referenciar a má qualidade das cartas de jogar fornecidas com a obra. Não só foram fabricadas numa cartolina imprópria para consumo (no que a cartas diz respeito) como também foram fornecidas em folhas de 4 cartas o que implicou uma separação que deixou as cartas com bordos irregulares. Questiono-me se um jovem principiante, ao tentar realizar, com tal baralho, algumas das técnicas explicadas não irá desistir e considerar que se tivesse que fazer, com tais cartas, cartomagia por sobrevivência... não sobreviveria! 

Os senãos apontados não impedem, naturalmente, o meu aplauso a esta iniciativa.


MENTALISMO FALHADO...


Os gostos e aptidões de um mágico variam ao longo da respectiva carreira. Não é de estranhar que varie a modalidade de MAGIA a que se dedica, em função de interesses e/ou oportunidades. 

Por isso não estranhei que, num impulso próprio de quem procura permanentemente a evolução, ele se tivesse virado para o mentalismo... na primeira oportunidade que lhe apareceu. 

E foi simples. Contactados A+B+C+...etc. nasce um mail de ampla divulgação que termina com a excelente previsão: «...E OUTROS MAIS SE SEGUIRÃO!» 

Mas ninguém mais se seguiu... 

A previsão falhou redondamente... 

Conclusão: É MAIS DIFÍCIL FAZER MENTALISMO DO QUE... CARTOMAGIA POR SOBREVIVÊNCIA!


segunda-feira, setembro 01, 2003

ATÃO... PARABÉNS TÓ ZÉ !


Atão?... Atão era pastor... 

Tó Zé nasceu num berço de ouro, melhor dizendo de verga pintado a purpurina. Quer dizer, ao longe, parecia de ouro e era o que bastava... Afinal até vivemos num mundo onde a mentira é suportada e defendida por muitos responsáveis e em que alguns garantem que certas verdades não podem ser ditas... Adiante... 

Tó Zé tinha um sonho...Todos temos sonhos e Tó Zé não era diferente... Mas não podia confessar o seu sonho a ninguém... Afinal qual seria o casal que aceitaria para genro um jovem cujo maior sonho da vida era ser pastor? Por isso Tó Zé escondeu o seu sonho do mundo e lá teve que abraçar outras actividades... mas só por sobrevivência, garantia ele para si mesmo, quando falava com os seu botões... Claro que, com o tempo, foi subindo na vida e ultimamente já só fala com fechos éclair da marca Benetton... É outro status... 

Mas o sonho acompanhou-o sempre... E, um certo dia, ele não lhe conseguiu resistir mais... Há algum tempo atrás decidiu dedicar-se, nos tempos livres, à sua grande paixão secreta: ser PASTOR!!! 

Foi simples: arrebanhou uma dúzia de carneiros e aí foi ele monte acima... Só teve um pequeno descuido: devido à falta de prática e à mania das grandezas que sempre o caracterizou meteu no rebanho animais que não lhe pertenciam... Assim a carneirada do Tó Zé parecia maior e sempre fazia mais vistaço... mas, apesar disso, nunca conseguiu convencer novos carneiros a engrossarem o "seu" rebanho... 

Ahhhhh... grande Tó Zé... afinal conseguiste concretizar o teu sonho ... 

Atão?... Atão era pastor... Tal como o Tó Zé...